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Quarta - 14 de Fevereiro de 2018 às 10:00
Por: Folhamax

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O vice-presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Gilmar Fabris (PSD), posicionou-se contra o afastamento ou impeachment do governador Pedro Taques (PSDB).

Embora reconheça a legitimidade e o direito de agir do Sindicato dos Servidores do Poder Judiciário de Mato Grosso (Sinjusmat), o parlamentar avalia que o afastamento ou cassação do mandato do chefe do Executivo não resolve de imediato a principal dificuldade de Mato Grosso que é viabilizar dinheiro em conta para o Estado honrar compromissos essenciais da administração pública como investimentos em educação, saúde, segurança pública, infraestrutura, pagamentos do funcionalismo público e outros.

“É muito comum setores da sociedade apontar como solução dos problemas econômicos do Estado ou do país o afastamento imediato do governante. Mas e quem assume no lugar? Vai resolver tudo de imediato? Lógico que não! Os problemas da administração pública não se resolve com uma vara de condão dos contos de fada”, disse.

Na avaliação do parlamentar, o afastamento ou impeachment do governador Pedro Taques é incabível no atual cenário político. “Se o Estado estivesse em uma boa situação econômica e houvesse omissão do governador em resolver as dificuldades, daí o Parlamento deveria ser o primeiro a agir. Mas, o que percebemos, é o governador Pedro Taques trabalhando diuturnamente com sua equipe econômica em busca de dinheiro para auxiliar os municípios e honrar com as suas obrigações impostas pela Constituição”, ressalta.

Fabris avalia ainda que a crise econômica que atinge os cofres públicos não se restringe a Mato Grosso, mas em todo o Brasil. No período de 2011 a 2016, período em que o país foi presidido pela petista Dilma Rousseff, o Brasil enfrentou a mais grave recessão da economia nacional dos últimos anos.

De acordo com dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística),o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) só supera o período dos ex-presidentes Floriano Peixoto e Fernando Collor de Mello. O primeiro lidou com duas guerras civis em seu mandato, enquanto o segundo assumiu o país com inflação superior a quatro dígitos.

Com a crise econômica nacional, houve queda nos repasses pelo governo federal do FPE (Fundo de Participação dos Estados) que é composto pela arrecadação do IR (Imposto de Renda) e IPI (Imposto Sobre Produtos Industrializados), este último incide em produtos eletrodomésticos de linha branca.

Por conta disso, apenas em 2016 Mato Grosso perdeu R$ 750 milhões. “O governador Pedro Taques tem tomado medidas enérgicas para recolocar Mato Grosso nos trilhos do desenvolvimento. O presidente da República Michel Temer tem índice de aprovação abaixo de 10%, mas suas medidas estão reestruturando o Brasil. Impeachment ou afastamento neste momento é incabível”, avalia o parlamentar.

Apesar da dramática situação financeira, Fabris ressalta que Mato Grosso é um dos poucos Estados do país que autorizou o pagamento de RGA (Revisão Geral Anual) aos servidores públicos. “Quando se verifica que Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Rio Grande do Sul enfrentam um colapso financeiro total e Mato Grosso se sobressai, é sinal que estamos em numa situação difícil, mas não chegamos e não chegaremos ao fundo do poço”, conclui.





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