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Sexta - 16 de Fevereiro de 2018 às 17:05
Por: Camila Ribeiro/Midia News

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O presidente fa CPI do Paletó, Marcelo Bussiki: fatos novos foram trazidos às invetsigações
O presidente fa CPI do Paletó, Marcelo Bussiki: fatos novos foram trazidos às invetsigações

O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Paletó, vereador Marcelo Bussiki (PSB), afirmou que o depoimento do delator Silvio Correa, na manhã desta sexta-feira (16), trouxe uma série de elementos novos para as investigações relativas ao vídeo em que o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) aparece recebendo maços de dinheiro no Palácio Paiaguás.

Silvio foi a primeira testemunha ouvida pela CPI que apura a suposta quebra de decoro e obstrução da Justiça por parte do prefeito, à época em que ele era deputado estadual.

Na ocasião, ele afirmou que os valores recebidos por Emanuel são referentes a pagamento de propina, entregue também a outros parlamentares.

Silvio, que foi chefe de gabinete de Silval e responsável por gravar os deputados recebendo dinheiro, deu mais detalhes do dia em que a filmagem foi realizada.

Ele afirmou, por exemplo, que no dia do flagrante realizado com Emanuel, o então deputado chegou ao gabinete e, incialmente, levou R$ 20 mil em dinheiro, já que o valor total da suposta propina, R$ 50 mil, era mais “difícil de ser acomodado” em seu paletó.

Ainda segundo Silvio, após pegar a primeira parte do montante, Emanuel teria retornado para receber os R$ 30 mil restantes.

Também conforme Silvio, o acordo feito entre o ex-governador Silval Barbosa (PMDB) e os deputados era de um pagamento de R$ 600 mil para cada um deles. Emanuel, segundo o delator, recebeu de oito a dez parcelas, cada uma no valor de R$ 50 mil.

“O depoimento de hoje foi muito importante. O Silvio confirmou várias informações relacionada ao vídeo da delação e também trouxe fatos novos. Ele disse, por exemplo, que o prefeito retornou para pegar valores e não foi somente aquela vez que ele foi filmado. Disse que eram valores oriundos de propina, retorno de empreiteiras do MT Integrado”, afirmou Marcelo Bussiki.

“O depoente também afirmou que o Emanuel tinha plena ciência que era propina e nunca questionou a origem do dinheiro recebido. Enfim, são informações importantes trazidas ao processo e que estarão dentro da construção do relatório”, acrescentou o presidente.

Continuidade da CPI

O presidente explicou que os membros da CPI vão aguardar os demais depoimentos e documentos que serão anexados às investigações.

“No decorrer dos trabalhos, a CPI vai construir provas, seja para o arquivamento ou pedido de indiciamento do prefeito Emanuel Pinheiro”, disse Bussiki.

Para a próxima semana, estão previstos mais dois depoimentos. No dia 21, acontece a oitiva do ex-secretário de Indústria e Comércio, Alan Zanata, que gravou o áudio de uma conversa com Silvio Cesar. Este áudio é apontado como uma tentativa de isentar o prefeito.

Já no dia 23, deve ser ouvido o ex-governador Silval Barbosa, que confessou uma série de crimes de corrupção em Mato Grosso.





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