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Segunda - 19 de Fevereiro de 2018 às 11:33
Por: Douglas Trielli e Camila Ribeiro / Midia News

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O governador Pedro Taques, que citou multa de R$ 100 milhões em caso de rescisão
O governador Pedro Taques, que citou multa de R$ 100 milhões em caso de rescisão

O governador Pedro Taques (PSDB) afirmou que, desde 2015, tenta rescindir o contrato firmado entre o Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e a empresa EIG Mercados, responsável por prestar serviços de registro de financiamentos de contratos de veículos.

A empresa foi alvo de uma operação do Gaeco, deflagrada na manhã desta segunda-feira (19) para apurar um suposto esquema de corrupção dentro do Detran.

A EIG e a Santos Treinamento Ltda (também alvo do Gaeco) teriam sido usadas para lavagem de dinheiro.

Segundo Taques, o contrato precisou ser mantido sob pena do pagamento de uma multa rescisória no valor de R$ 100 milhões.

“Assumi o Governo em 2015 e iniciamos as tratativas para rescindir o contrato. Temos, inclusive, as tratativas e ofícios encaminhados ao MPE. A resposta do MPE foi no sentido de que [para rescindir] precisa da decisão judicial, uma vez que a multa estabelecida no contrato era de mais de R$ 100 milhões”, afirmou o governador.

A declaração foi dada nesta manhã quando, coincidentemente, Taques inaugurou uma nova unidade do Detran, localizada no shopping Goiabeiras, em Cuiabá.

Na ocasião, ele disse ainda não ter detalhes da operação, mas afirmou que todos os alvos devem ter direito à ampla defesa.

“Não tive tempo de acompanhar pela imprensa o que está ocorrendo. Temos que dar o direito constitucional a defesa aos cidadãos. Não vamos condenar quem quer que seja antes do julgamento final”, afirmou.

“O Gaeco é independente, há uma decisão do Tribunal de Justiça. O Poder Executivo não tem absolutamente o que comentar isso, a não ser a garantia de defesa aqueles que, porventura, estejam sendo investigados”, disse.

Ainda durante o ato, o governador afirmou que uma série de auditorias relativas ao contrato com a EIG já foram realizados pelo Poder Executivo.

“As auditorias já foram feitas na nossa administração, desde que o Rogers Jarbas [ex-presidente] assumiu o Detran em 2015. Nos é que levamos o caso ao Ministério Público e ao TCE. Vamos mostrar todos os documentos mostrando que pedimos a rescisão deste contrato”, reiterou.

Aliado alvo

Questionado, o governador preferiu não fazer especulações sobre o fato de o presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (PSB) estar entre os alvos da operação.

Ele disse apenas que Botelho é seu “amigo e aliado”, que não irá julgá-lo por este episódio e que irá conversar com o presidente sobre o assunto.

“Botelho é meu amigo. Meu aliado. Não tenho vergonha disso. Isso vai ser investigado. Temos que dar ao Botelho o direito a ampla defesa e ao contraditório. Não vou julgar o Botelho por essa busca e apreensão. Se fosse dessa forma, não viveríamos numa democracia. Vou ligar para o Botelho e perguntar o que ocorreu”, concluiu o governador.

Além de Botelho, também foram alvo da operação, o deputado Mauro Savi (PSB) e o ex-deputado federal Pedro Henry.





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