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Terça - 20 de Fevereiro de 2018 às 22:13
Por: Diário De Cuiabá

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O ex-secretário de Estado Allan Zantta será ouvido na manhã de hoje (21) pelos vereadores integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que investiga o prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB). O peemedebista é suspeito de receber propina do Governo do Estado na época em que Silval Barbosa respondia como governador, e ele exercia o mandato de deputado estadual.

Zanatta foi convocado pela Comissão em decorrência de uma conversa que teve com Silvio Cesar Correa, ex-chefe de gabinete de Silval, a qual foi gravada por ele mesmo. Na conversa, gravada por Alan e entregue a Emanuel, o ex-secretário e o ex-assessor comentam sobre a gravação feita por Sílvio em que deputados e ex-deputados, incluindo Emanuel, aparecem recebendo maços de dinheiro no Palácio Paiaguás, supostamente a título de propina para apoiar a gestão de Silval.

O áudio foi apreendido na residência de Pinheiro em setembro do ano passado durante a Operação Malebolge, 12ª fase da Operação Ararath, que teve o prefeito como um dos alvos. Já na sexta-feira (22) quem presta depoimento na CPI é o ex-governador Silval Barbosa.

O depoimento do ex-gestor é o mais esperado. Na semana passada, a Comissão ouvir Silvio Cesar Corrêa, que reafirmou que o dinheiro repassado ao então deputado e agora prefeito de Cuiabá era referente a uma propina paga aos parlamentares para não fiscalizarem a execução de obras de pavimentação de rodovias estaduais por meio do programa Mato Grosso Integrado.

Além disso, o depoente afirmou que Pinheiro retornou outras vezes para receber o restante do dinheiro que colocou no paletó quando foi gravado. O vereador Diego Guimarães (PP) encaminhou um requerimento ao presidente da CPI, vereador Marcelo Bussiki (PSB), em que pede o compartilhamento do depoimento do ex-chefe de gabinete com o Ministério Público Federal (MPF).

O parlamentar explica no pedido que é necessário o compartilhamento da ata da sessão realizada no último dia 16, bem como o envio de uma cópia integral em meio digital do arquivo de áudio e vídeo do depoimento. Guimarães explica que deve fazer isso em todos os depoimentos se for necessário, para que o MPF possa acompanhar a veracidade e também acrescentar os novos fatos que são trazidos pelos depoentes.





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