SETOR AGROINDUSTRIAL
Levedura transgênica substitui lúpulo Desafio é desenvolver insumo com o mesmo sabor
A maioria dos lúpulos dos Estados Unidos (e muitos originários do estado da Califórnia) são cultivados no Vale de Yakima, no estado de Washington. Se espera que essa área tenha menos água devido às altas temperaturas e a intensa seca.
Mas o cientista Charles Denby quer substituir o lúpulo por levedura geneticamente modificada. O desafio para ele, porém, é conseguir desenvolver uma levedura que tenha suficiente sabor a lúpulo.
A levedura que Denby conseguiu até agora é feita com genes das plantas de menta e manjericão. Ele combinou estes genes com DNA de levedura e depois misturou o resultado às células de levedura. O centista espera agora que o aprimoramento deste processo conduza a sabores interessantes.
Antes de começar esta pesquisa, Denby confessa que não era um grande bebedor de cerveja. Mas depois que um amigo lhe presenteou um equipamento de fabricação caseira, há alguns anos, ele resolveu meter a ciência no processo. Seu interesse na elaboração da cerveja, junto a um Ph.D. em biologia molecular e celular, o levou a fazer um descobrimento.
“Estava literalmente sentado em uma banheira lendo estes livros sobre ciência cervejeira e cheguei a sessão sobre lúpulo. E realmente soletraram exatamente quais eram as moléculas para os principais determinantes do sabor do lúpulo”, disse Denby.
Ele se diz o único cientista que usa levedura transgênica para fazer cerveja. No entanto, levar essa cerveja ao mercado é o passo mais complicado, porque os transgênicos carregam uma pesada rejeição social disseminada por ativistas anti-biotecnologia.
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