NOVAS BOMBAS
Ex-deputado desiste de testemunhas e volta sinalizar delação premiada em MT Riva já fez confissões em depoimentos e espera fechar acordo na PGR
O ex-presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, José Geraldo Riva, dispensou nesta semana os conselheiros afastados do Tribunal de Contas do Estado, José Carlos Novelli e Antônio Joaquim, arrolados como testemunhas de defesa numa das ações derivadas da "Operação Arca de Noé". As informações constam numa decisão da juíza da Vara de Ação Civil Pública e Ação Popular, Celia Regina Vidotti.
Outra testemunhas também foram dispensadas de serem ouvidas pela magistrada. “Homologo o pedido de desistência das oitivas das testemunhas José Carlos Novelli e Antonio Joaquim Moraes Rodrigues Neto, respectivamente, arroladas pelo requerido José Geraldo Riva, bem como, das demais testemunhas que não compareceram, conforme pleiteado pelo patrono do requerido nesta data”, disse a magistrada.
A desistência das testemunhas é outro indício de que o ex-presidente da AL-MT possa estar negociando um acordo de colaboração premiada com a Procuradoria Geral da República (PGR). José Riva já realizou algumas “confissões” sobre participações em outros esquemas de corrupção, como os fatos apurados nas operações “Ventríloquo”, “Imperador” e na própria “Arca de Noé”.
Neste processo, José Riva é acusado de suposta improbidade administrativa na contratação sem licitação da Guará Táxi Aéreo, no valor de R$ 693 mil. Também são reús no processo Hermínio Barreto, Guilherme da Costa Garcia, Luiz Eugênio de Godoy, Humberto Bosaipo, Silval Barbosa e Geraldo Lauro.
Os R$ 693 mil faziam parte dos recursos da Assembleia. De acordo com as investigações do Ministério Público EStadual, Riva teria realizado o pagamento a empresa de táxi aéreo como forma de ocultar a origem dos recursos, caracterizando lavagem de dinheiro.
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