PEIXE SANTO
Cuiabá incentiva pequenos piscicultores

Para conferir o resultado dos trabalhos de orientação realizados pela Secretaria de Agricultura, Trabalho e Desenvolvimento Econômico em relação à piscicultura, o secretário-adjunto da pasta, Marcelo Pires esteve na semana passada (01), no Cinturão Verde, da Capital. A visita contou com a presença do engenheiro agrônomo Reginaldo Fonseca Lemos e do coordenador do Programa Peixe Santo, Osvaldo Lara. O grupo esteve nos tanques do senhor Ideraldo Gomes Jorge, que há 10 anos começou a atividade e vem conseguindo se destacar como um dos principais produtores de espécies como Tambaqui, Tabatinga e até de estrelas do pescado como a Matrinchã e a Peraputanga.

Em Cuiabá, existem mais de 225 viveiros de peixes. Só na região do Cinturão Verde são 106 viveiros de agricultores que encontraram na piscicultura uma fonte de renda, lazer ou de consumo para a família. Tudo isso só foi possível devido aos incentivos que a prefeitura oferece e que ano a ano vem sendo fortalecida com a chegada do Programa “Peixe Santo”, abrindo um novo mercado para esses produtores.

O senhor Ideraldo é um exemplo. Oriundo do projeto Peixe Santo, lá atrás quando ele decidiu trabalhar com piscicultura, a prefeitura, por meio da Secretaria de Agricultura, Trabalho e Desenvolvimento Econômico deu a ele todo o suporte para começar a atividade. A princípio lhe foi ofertado um viveiro escovado de 15mx50m, um primeiro lote de alevinos (mil) e as suas primeiras rações. Além de todas as informações e orientações sobre alternativas de lucro.

“O peixe te dá uma renda lucrativa, mas para isso o produtor tem que seguir todas as normas e ter um pouco de paciência. Para o peixe chegar ao mercado ele tem que estar pesando um quilo e meio, para isso ele precisa ficar no viveiro por um ano, no mínimo. O nosso período de maior rentabilidade sem duvida é o da Semana Santa. Mas no decorrer do ano, também trabalho atendendo como ‘pesque pague’. Este é a nossa realidade e, estamos muito satisfeitos com a forma que a secretaria vem nos auxiliando ao longo desses 10 anos”, relatou o Ideraldo.

O incentivo à cadeia produtiva de peixes valoriza e estimula a piscicultura no Município e contribui na qualidade de vida, fomentando a renda da agricultura familiar, conforme avalia o secretário-adjunto, Marcelo Pires. “Esta parceria recebe um planejamento amplo junto aos nossos agrônomos, que sempre estão estimulando os produtores. Começamos com o primeiro passo que é a construção dos viveiros dando apoio total para quem pretende começar o negócio. E com isso, conseguimos ofertar bons produtos ao consumir durante o projeto Peixe Santo e no do decorrer das suas atividades”, disse o adjunto.

Muitos produtores começaram pelas hortaliças tanto no Cinturão Verde, como no loteamento 21 de Abril, atividade que se tornou uma importante fonte de renda para a região. Entretanto o cultivo dos peixes deu tão certo, que vem incentivando famílias vizinhas a optarem também pela criação. Hoje, seu Ideraldo está com três tanques de onde costuma retirar cerca de 1 tonelada de peixes entre 10 meses a um ano de cultura. O que fez com que seu irmão também migrasse para o mesmo ramo.

“Também tenho vendido uma tonelada de peixe por ano, como meu irmão. Além de ser um lazer para a gente. A prefeitura sempre ajudou na infraestrutura do meu tanque. Quem tem terreno, água e vontade de ter sua própria renda, pode encarar esse projeto por que vale a pena”, compartilha Enoque Gomes Jorge.

Osvaldo Lara, coordenador do Peixe Santo, concluiu que os peixes da propriedade do senhor Ideraldo e do seu irmão Enoque estão em perfeito estado para comercialização. “Na visita de hoje, vimos que ele que ganhou um viveiro há 10 anos, transformou em sucesso e hoje ele está com mais três maiores que o primeiro, provando que é vantajoso e lucrativo criar peixe em Cuiabá”, conclui Osvaldo.

A 27ª edição do Programa Peixe Santo, que este ano vem com o tema, “Xômano! Nosso peixe é digoreste, fresco e gostoso!” será lançado oficialmente no dia 26 de março, na Praça Alencastro, pelo prefeito Emanuel Pinheiro.