Curso prepara policiais para atividades complexas
Um curso de alta complexidade que exige preparo físico, controle emocional e psicológico do policial é realizado em Cuiabá para treinar policiais (civis e militares) de Mato Grosso e de instituições convidadas como a Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, e Policiais Civis dos Estados de Goiás e Rio Grande do Sul, para atuar em ocorrências de alto grau de risco.
A aula inaugural do Curso de Operações Policiais (COP) foi realizada na tarde desta sexta-feira (09.03), no auditório da Diretoria Geral da Polícia Judiciária Civil, na capital. Na abertura, o delegado geral da Polícia Civil, Fernando Vasco Spinelli Pigozzi, falou do comprometimento da instituição, por meio da Academia de Polícia, na capacitação continuada dos policiais, e do apoio do Sindicato dos Investigadores para realização dos cursos.
“Sabemos que trabalhar na Segurança Pública é demasiadamente estressante e vejo extremamente importante essa capacitação para o enfrentamento da criminalidade”, afirmou Vasco.
O curso é promovido pela Gerência de Operações Especiais (GOE), com supervisão pedagógica da Academia de Polícia (Acadepol), para o nivelamento técnico operacional básico entre os policiais lotados no GOE e proporcionar aos servidores da Polícia Civil de outras unidades e instituições a qualificação técnica operacional, para atuarem com eficiência e segurança em operações policiais no âmbito da Segurança Pública.
Também presente, o secretário de Integração Operacional, coronel PM, Jonildo Assis, destacou que o Curso de Operações Policiais (COP) promove a doutrina operacional. “Esse curso faz uma grande diferença na atividade operacional, traz vida, promove doutrina e a interação entre todos os operadores”, disse.
A presidente do Sindicato dos Investigadores, Edleusa Mesquita, comentou a importância da realização do curso. “Sabemos que trabalhar na segurança é estressante, exige do policial preparo diário e que todos estejam como o mesmo nivelamento”, pontuou.
Seleção
O curso começou com seleção dos participantes que, mesmo antes de entrar, tiveram que participar de testes de aptidão física. Quarenta e dois profissionais foram aprovados, mas devido ao grau de dificuldade do curso, já no primeiro dia de aula, iniciada na quinta-feira (08), nove desistiram, permanecendo, por ora, 33 alunos que pertencem ao GOE, regionais do interior da Polícia Civil (Alta Floresta, Barra do Garças, Juina, Nova Mutum, Confresa, Tangara da Serra, Pontes e Lacerda), Grupo de Operações Aéreas (GOA), Polícia Civil de Mato Grosso do Sul, Polícia Rodoviária Federal, Rotam PMMT, Polícia Federal, e as Polícias Civil do Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul.
De acordo com coordenador do COP, investigador Edcarlos da Silva Campos, durante 20 dias os alunos passaram por intenso treinamento, com aulas teóricas e práticas que irão exigir preparo físico e psicológico do policial. Serão aulas em ambientes rurais e urbanos, na água e no ar.
“Eles serão testados tanto no físico quanto no psicológico para poder atuar em ocorrências de alto risco. Durante esse dias de curso terão treinamento na área rural, em mata, treinamento em operações aéreas, aquática, ou seja, estarão preparados para atuar em qualquer tipo de situação, em qualquer área ou região”, explicou.
O instrutor Osemar Junior, do Grupo Tático 3 da Polícia Civil de Goiás, disse que durante o treinamento o policial é colocado em situação extrema, estimulando-o a reagir. “Nesse primeiro momento, temos o módulo rústico, conhecido como módulo de sobrevivência, em que os alunos apreenderam técnicas para lidar com situações extrema, como conseguir água e fazer fogo em situação adversa”, disse.
O delegado Frederico Murta, que já foi aluno do mesmo no Estado do Rio Grande do Sul, será instrutor da disciplina de noções de inteligência policial. É um curso que exige muito do aluno, tem um grau de dificuldade, mas não é nada surreal. Exige motivação e virtudes que operador de atividades especiais precisa ter como controle emocional e disciplina” , disse.
Comentários