Rebanho
MT é o Estado que mais gerou carne em 2017
Mato Grosso tem os bovinos que mais geraram carne no país em 2017, conforme dados do IBGE e do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea). Com acréscimo de 0,60% no peso médio dos animais abatidos, o Estado ultrapassou São Paulo e agora é destaque também em produtividade e não apenas em produção.
Conforme avaliação dos analistas do Imea sobre dados recentes de abates divulgados pelo IBGE, houve um ganho anual no peso médio das carcaças, elevando – pelo terceiro ano consecutivo a quantidade de proteína vermelha por animal abatido, que em 2017 fechou com 17,78 arrobas por cabeça, acima de São Paulo e superando a média de 16,5 arrobas por cabeça do peso nacional no período.
Como observam os analistas do Imea, o peso médio da carcaça é a relação entre a produção de carne e o total de animais abatidos, e mesmo com grande participação de vacas – geralmente menos pesadas que os bois – na linha de produção dos frigoríficos, foi possível conquistar mais esse recorde e diferencial à bovinocultura mato-grossense. “Com número de vacas abatidas (acima de 24 meses) crescendo quase 22% em relação a 2016, era de se esperar uma queda no peso médio de abate dos bovinos, visto que o destino convencional das fêmeas e a reprodução e não o abate, desta forma a quantidade de proteína gerada é costumeiramente menor. Porém, não foi isso o que aconteceu, houve esse ganho anual de 0,60% no peso médio da carcaça”.
Ainda como frisam os analistas de bovinocultura do Imea, “Mato Grosso se destaca em âmbito nacional na produção, como o Estado que mais abate bovinos no Brasil, e agora destaque em produtividade”.
DESEMPENHO – O IBGE disponibilizou os dados de produção de carne bovina em 2017 no Brasil. Os resultados mostram que foram produzidas 7,67 milhões de toneladas de carne bovina, uma evolução de 4,27% em relação a 2016. Outro destaque positivo é que Mato Grosso também evoluiu em sua produção (+ 5,60%), atingindo 1,28 milhão de toneladas, representando 16,70% da produção brasileira, segundo maior valor da série histórica. “O crescimento mostra a força do setor mesmo em um ano cheio de instabilidade no âmbito político-econômico. O principal vetor desta expansão produtiva foi o aumento no número de fêmeas abatidas, consequência da atual fase do ciclo pecuário. Em 2018, esse cenário de descarte de fêmeas dá sinais de continuidade, com uma espera por maior estabilidade do setor, este pode ser mais um ano de produção crescente”, avaliam os analistas.
Na semana passada, quando o IBGE divulgou os dados, o Diário destacou que o volume dos mais de 30,83 milhões de cabeças abatidas no país, 4,80 milhões haviam sido abatidas em Mato Grosso, Estado que detém o maior rebanho nacional, e que por mais um ano, liderou a movimentação de animais nos frigoríficos. Entre 2016 e 2016, o abate no Estado cresceu 11,8%.
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