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Estado exporta 63% do milho no país
O milho foi um dos itens da pauta brasileira mais exportados em 2017. Conforme dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), o volume foi recorde ao totalizar 29,25 milhões de toneladas de milho. Mato Grosso, maior produtor do cereal no país, participou com quase 63% do total embarcado, ao exportar 18,27 milhões t.
Se no país as exportações de milho marcaram recorde no ano passado, o cereal também teve recorde em Mato Grosso, já que em nenhum outro ano a quantidade de grão movimentado havia se aproximado de 18 milhões. Na comparação entre o realizado em 2017 ante o de 2016, há crescimento anual de 27,67%, pois no ano anterior foram 14,31 milhões t.
No ano passado, Mato Grosso produziu 30,45 milhões t, dado que revela que do total colhido, 60% tiveram como destino o mercado internacional. A maior parte do cereal desembarcou no Irã que importou mais de 3 milhões t, seguido pelo Egito, 2,39 milhões t, Vietnã com 1,52 milhões t e a Espanha que comprou outras 1,66 milhões t. Nesse primeiro trimestre do ano, o milho foi o produto que mais cresceu na pauta estadual em faturamento: 128%. Dados do Mdic mostram que de janeiro a março o cereal gerou US$ 564,10 milhões, respondendo por 15,41% do total da pauta, com envio de mais de 3,22 milhões t. Há um ano a receita com o milho foi de US$ 247 milhões, e, embarque de 1,47 milhão/t. Esse faturamento representou no trimestre passado pouco mais de 7% da receita total.
Para o presidente da Associação dos Produtores de Milho, Abramilho, Alysson Paolinelli, o milho brasileiro continua sendo muito valorizado no exterior pela qualidade e pela diferença cambial. Outra razão apontada por ele é o recente interesse pelo mercado mexicano em vista dos problemas que estão tendo em adquirir o milho americano.
Entre os principais países compradores do milho brasileiro no ano de 2017 estão os países asiáticos como Japão, Vietnã, Taiwan, Coréia do Sul e Malásia com US$ 1,82 bilhão. Outro grande comprador é o Irã com US$ 782,61 milhões de dólares, na Europa um dos principais compradores é a Espanha com US$ 436,93 milhões.
MAIS MILHO - “Estamos frente ao final da segunda safra e, definitivamente, precisamos plantar mais milho”, essa afirmação é de Cesário Ramalho, vice-presidente da Abramilho. “Existe sim, mercado para o nosso milho. Já temos mais de 500 plantas de produção de etanol, hoje sabemos que várias destas plantas estão aceitando milho para a produção, ou seja, nosso produtor precisa estar atento às novas oportunidades”, completou.
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