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Politica MT
Segunda - 16 de Abril de 2018 às 18:39
Por: Folhamax

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O último parlamentar que ainda não havia prestado depoimento ao Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado (Gaeco), o fez na manhã desta segunda-feira. O deputado estadual José Domingos Fraga (PSD) falou sobre a suspeita de que ele teria participação no esquema investigado na "Operação Bereré" aos delegados e promotores.

Na chegada e saída, ele não quis falar com a imprensa. José Domingos Fraga teria recebido R$ 100 mil através do seu assessor parlamentar na Assembleia Legislativa de Mato Grosso, Jorge Batista da Graça, nos dias 3 e 6 de fevereiro de 2014.

O valor teria sido utilizado para quitar despesas do deputado estadual. O deputado, que não será candidato a reeleição, chegou ao Gaeco no horário combinado.

Ele estava acompanhado do advogado Darlã Ebert Vargas, mas não quis falar com os jornalistas. Fraga se limitou a dizer, quando questionado sobre o motivo das ausências em dois depoimentos agendados nas últimas duas semanas, que só não foi depor porque não havia sido notificado.

Fraga prestou depoimento por cerca de uma hora e meia ao promotor de Justiça César Danilo Ribeiro de Novais. Ele saiu pela porta dos fundos, autorizado pelos funcionários do Gaeco.

O deputado havia reclamado de que tinha sido abordado e filmado por jornalistas, na entrada do local. Ele foi o único depoente que fez uso deste tipo de expediente.

BERERÉ

As fraudes no Detran são investigadas pela operação Bereré. Segundo os órgãos de segurança e controle, uma quadrilha lavava dinheiro e desviava recursos públicos por meio de empresas que prestam serviços ao Detran-MT.

O bando agia desde 2009 e teria desviado em torno de R$ 1 milhão por mês. Segundo as investigações, a Santos Treinamento e Capacitação é uma empresa fantasma.

A organização recebia recursos desviados da FDL Serviço de Registro, Cadastro, Informatização e Certificação de Documentos, que realiza junto ao Detran-MT o registro de financiamentos de veículos em alienação fiduciária.

O desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT), José Zuquim Nogueira, determinou no dia 16 de fevereiro de 2018 o sequestro de R$ 27.722.877,38 de 17 pessoas, entre físicas e jurídicas, envolvidas no esquema de lavagem e desvio de dinheiro no Detran de Mato Grosso. Os valores seguem bloqueados.





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