OPERAÇÃO APATE
Grupo desvia 80% dos projetos; PF flagra saques em espécie em MT Tendência é que novas fases da operação sejam deflagradas
A empresa investigada na Operação Apate, deflagrada nesta quinta-feira (26) pela Polícia Federal, em Cuiabá e em São Paulo, praticou diversas irregularidades e superfaturou em até 80% dos recursos que foi beneficiada pela Lei Rouanet. A Operação Apate investiga despesas superfaturadas e fictícias.
Foram expedidos 13 mandados de busca e apreensão em Cuiabá, São Paulo (SP) e Ribeirão Preto (SP). Não há mandados de prisão.
De acordo com a Controladoria Geral da União (CGU), os desvios ocasionaram um prejuízo da ordem de R$ 870 mil, num universo de R$ 1.634.9276 de contratos analisados. Uma empresa investigada captou recursos por meio da Lei Rouanet e na fase de execução dos projetos, em 2014 e 2015, em Cuiabá (MT).
A empresa praticou diversas irregularidades, entre as quais: despesas superfaturadas em até 80% do valor de mercado, despesas fictícias, contratação de empresas inexistentes e adulteração de documentos. Também restou comprovado que, no ano de 2015, as fraudes viabilizaram a locação de uma praça pública por R$ 90 mil.
Ainda conforme a CGU, as empresas contratadas efetuavam o ‘retorno’ do percentual superfaturado por meio de transferências entre contas bancárias ou saques em espécie. Também foi decretado o sequestro de bens, valores e imóvel dos envolvidos, além da proibição de apresentação de novos projetos e imediata suspensão daqueles em andamento sob a responsabilidade dos investigados.
Na mitologia grega, Apate era um espírito que personificava a fraude, o dolo e o engano. Em Ribeirão Preto, os agentes da PF cumpriram um mandado de busca e apreensão em um prédio localizado na Avenida Doutor Plínio de Castro Prado, no Jardim Palma Travassos.
O delegado da PF Guilherme Biagi, que acompanhou os agentes, disse apenas que o escritório investigado colaborou com a equipe e entregou os documentos solicitados.
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