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Sexta - 27 de Abril de 2018 às 17:09
Por: Folhamax

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A Secretaria de Estado de Saúde (SES/MT), por meio da Vigilância Epidemiológica, registrou aumento no número de notificação de casos suspeitos da influenza em Mato Grosso de 56 para 102 no período de uma semana, praticamente o dobro em relação ao último boletim. Estes dados estão no boletim divulgado nesta sexta-feira (27.04).

Das 102 notificações, 15 são óbitos, o que corresponde a 14,70% do total de casos suspeitos. Do total de óbitos, 01 foi confirmado como gripe influenza A não subtipado (6,66%), 01 por influenza A por H1N1 (6,66%), 01 por influenza B (6,66%), 06 Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) não especificado (40%) e 07 óbitos (46,66%) estão sob investigação.

Os casos suspeitos são investigados pelo LACEN que é o Laboratório Público Central do Estado e os resultados devem ser divulgados em até 28 dias.

Alessandra Moraes, coordenadora da Vigilância Epidemiológica da SES/MT, lembra que devem ser vacinadas prioritariamente pessoas com 60 anos ou mais de idade, crianças na faixa etária de 06 meses a menores de 05 anos de idade (quatro anos, 11 meses e 29 dias), as gestantes, as puérperas (até 45 dias após o parto), os profissionais de saúde, os povos indígenas, os grupos portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais e a população privada de liberdade, além dos funcionários do sistema prisional.

O boletim epidemiológico desta sexta-feira (27) comunica ainda a chegada de mais 76 mil doses de vacina e a previsão de um novo lote com 42 mil doses para hoje, até o fim do dia. Com essas novas remessas por parte do Ministério da Saúde sobe para 52% o quantitativo de vacina recebida, que representa 439 mil doses, sendo que o Estado precisa de um total de 850 mil doses.

A distribuição das novas doses já está sendo feita pela Vigilância Epidemiológica, principalmente para os municípios que receberam de forma parcial. Os municípios que compõem as Regionais de Saúde de Porto Alegre do Norte e de São Félix do Araguaia e os municípios da Baixada Cuiabana receberam 100% das doses, informou Alessandra Moraes, coordenadora de Vigilância Epidemiológica do Estado.

Vacina é prevenção

A campanha começou dia 23 de abril e terminará no dia 1º de junho, com o dia D em 12 de maio, e não será prorrogada, informou o Ministério da Saúde. A vacina contra gripe é segura e salva vidas. Estudos demonstram que a vacinação pode reduzir entre 32% a 45% o número de hospitalizações por pneumonias, de 39% a 75% a mortalidade global e em, aproximadamente, 50% nas doenças relacionadas à influenza.

O ideal é realizar a imunização antes do início do inverno, que começa em junho, isso porque a vacina contra gripe não está na rotina do Calendário Nacional de Saúde, trata-se de uma vacina de campanha, ou seja, ocorre somente em um período específico, de maior circulação do vírus, que vai do final de maio até agosto. A vacina leva, em média, de duas a três semanas para criar os anticorpos que geram proteção contra a gripe após a vacinação.

O que é gripe influenza:

É uma infecção viral aguda do trato respiratório, com elevada transmissibilidade, podendo ser contraída várias vezes ao longo da vida, podendo se manifestar de forma mais ou menos grave. Existem vários tipos e subtipos do vírus Influenza. Contudo, apenas os vírus A e B causam doença com impacto significativo na saúde humana. A influenza acontece durante todo o ano, mas é mais frequente nos meses do outono e do inverno, quando as temperaturas caem, principalmente no sul e sudeste do país. No Estado do Mato Grosso se dá a circulação de vírus da Influenza Sazonal A H3 e B, informou a Vigilância Epidemiológica estadual.

Diferença entre gripe comum e síndrome respiratória aguda grave

A gripe comum apresenta sintomas como febre, acompanhada de tosse ou dor de garganta e início dos sintomas nos últimos 07 dias. É importante procurar o médico para o tratamento adequado.

A síndrome respiratória aguda grave também provoca febre, acompanhada de tosse ou dor de garganta e dispneia (dificuldade para respirar). Também podem ser observados os seguintes sinais: saturação de O2 menor que 95% (nível de oxigênio no sangue) ou desconforto respiratório ou aumento da frequência respiratória. Esclareceu a Vigilância Epidemiológica.

Orientação à população

COMO SE PEGA: A pessoa infectada pode transmitir o vírus no período compreendido entre dois (2) dias antes do início dos sintomas até cinco (5) dias após os mesmos. A transmissão mais comum é a direta (pessoa a pessoa), por meio de gotículas expelidas pelo indivíduo infectado ao falar, tossir e espirrar. Pode-se transmitir a doença pelo modo indireto, por meio do contato com as secreções do doente.

SINAIS E SINTOMAS: febre (> 38°C) com duração em torno de três (3) dias, cefaleia (dor de cabeça), mialgia (dor nos músculos), calafrios, prostração, tosse seca, dor de garganta, espirros e coriza, pele quente e úmida, olhos hiperemiados e lacrimejantes, garganta seca, rouquidão e sensação de queimor retroesternal ao tossir, aumento dos linfonodos cervicais, sintomas gastrintestinais (diarreia), astenia (fraqueza) e náuseas.

PREVENÇÃO: lavagem das mãos com frequência, em especial ao retornar para casa, antes de preparar e ao consumir qualquer alimento, antes de qualquer serviço, depois de tossir ou espirrar, após usar o banheiro; lavar os brinquedos das crianças com mesmo quando não estiverem visivelmente sujos; restringir contato de familiares portadores de doenças crônicas e gestantes com o doente; utilização de máscara pelo doente; evitar aglomerações de pessoas e ambientes fechados, em especial na época de epidemia; evitar tocar os olhos, nariz ou boca após contato com superfícies; evitar sair de casa enquanto estiver em período de transmissão da doença (até Cinco dias após o início dos sintomas); vacinação contra influenza para a prevenção da doença e suas consequências. A lavagem das mãos deve ser feita com utilização de sabão, lavando inclusive os espaços entre os dedos e os pulsos, durante no mínimo uns 15 segundos, enxaguando e secando com toalha limpa.





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