Protesto de servidores não sensibiliza governo
Uma passeata com cerca de 500 manifestantes bloqueou ruas e avenidas na manhã de sexta-feira, 24, no Rio de Janeiro, provocando lentidão no trânsito na zona norte da cidade. Professores universitários, estudantes, médicos, servidores da saúde e da cultura participaram do ato diante do Maracanã. Eles cobraram diálogo e novas propostas de reajuste salarial.
Ao fim da passeata, os servidores deram um abraço simbólico no câmpus da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj), ali perto. O objetivo era prestar solidariedade à greve de professores e estudantes estaduais.
Antes da manifestação, servidores ligados ao Ministério da Cultura (Minc) também se manifestaram diante do Museu da República, na zona sul. Eles estenderam diante do museu uma réplica de 13 metros do pijama usado por Getúlio Vargas no dia de seu suicídio em um 24 de agosto, há 58 anos.
São Paulo. Em São Paulo, os protestos foram mais modestos. Agentes da Polícia Rodoviária Federal se concentraram na frente da Superintendência da corporação, às margens da Via Dutra. Cerca de 80 grevistas usaram carro de som, apitos, balões e rojões, mas não ocuparam a via - o trânsito seguiu normal.
Em Contagem, na região metropolitana de Belo Horizonte, servidores da Polícia Rodoviária em Minas, com funções gratificadas. entregaram os cargos - em forma de protesto - na sede da 4.ª Superintendência Regional da corporação. Segundo a Federação Nacional dos Policiais Rodoviários Federais (FenaPRF), a corporação cumpre a determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que proibiu a operação-padrão da PRF e da PF. Apenas acidentes e situações relacionadas à segurança são atendidas - não há fiscalizações, boletins de ocorrência, nem escolta de caminhões com grandes cargas.
Apesar do anúncio do corte de ponto de 11.495 servidores de várias categorias paralisadas, os grevistas prometem não se intimidar e manter a greve até que o governo reabra as negociações.
O Ministério do Planejamento, no entanto, anunciou que a proposta de aumento de 15,8% parcelado em três anos é a final. Segundo o governo, não há tempo hábil para avaliar contrapropostas, já que o Projeto de Lei do Orçamento de 2013 precisa ser enviado ao Congresso Nacional até sexta-feira, dia 31 de agosto.
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