Com concessão, funcionários do aeroporto terão alternativas à demissão, explica superintendente
O superintendente da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) em Cuiabá, Luciano Porfírio de Oliveira Segura, explicou que os funcionários do órgão terão alternativas à demissão, com a concessão do Aeroporto Internacional Marechal Rondon. Além disto, o gestor também comentou sobre o crescimento no número de passageiros do terminal mato-grossense.
Luciano explica em entrevista exclusiva concedida ao Olhar Direto que mesmo com o processo de concessão, a Infraero continua fazendo investimentos no Aeroporto Internacional Marechal Rondon. A grande novidade para o segundo semestre será a inauguração do voo internacional, que ligará Cuiabá a Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia.
No total, são 85 funcionários da Infraero que trabalham em sistema de escala no Aeroporto Marechal Rondon. Tudo isto para manter o terminal funcionando 24 horas por dia e sete dias por semana.
Confira abaixo a entrevista com o superintendente da Infraero, Luciano Porfírio:
Como é o trabalho da Infraero com o processo de concessão que será feito no aeroporto?
A Infraero continua investindo, mesmo com esse processo de concessão. Já ampliamos a sala de embarque, colocamos mais uma esteira. No primeiro trimestre, fomos eleitos os melhores do país em atendimento de check-in e restituição de bagagem. Estamos trabalhando com todas as companhias para que tudo funcione. Um exemplo: sugerimos colocar a alça da bolsa dos passageiros para fora, o que facilita para uma pessoa mais idosa e também evita acidentes.
Os funcionários da Infraero serão mantidos? Teremos demissões em massa?
A Infraero, geralmente, dá quatro opções aos funcionários com a concessão: continuar trabalhando com a concessionária; ser cedido para outro órgão; ser transferido para outra sede da Infraero ou pedir a demissão com incentivo. Como o edital ainda não saiu, não posso garantir ainda como será, mas foi isso que aconteceu em outros casos no país.
Com a crise, tivemos o cancelamento de voos diretos para vários destinos. Apenas a Azul se manteve mais ativa, por quê?
A Azul aposta muito na aviação regional, ela tem uma aeronave pronta para isto que é o ATR. A Gol e a Latam já tem uma política um pouco diferente, seus equipamentos são grandes para atuar em voos regionais. Muitas empresas, com a crise, decidiram reduzir um voo, mas começaram a operar com aeronave maior. Sendo assim, cresceu o número de passageiros.
A demanda ainda continua boa dentro do Estado?
Apostamos muito na Azul e na Asta, que estão pegando bastante voos regionais. Tem espaço para todo mundo. No nosso estacionamento, o que menos temos são carros de pessoas daqui. Muita gente acaba vindo do interior na sexta-feira e tem voo só na segunda, acabam aproveitando a cidade antes de ir. A decisão final sobre novos destinos é da companhia. Contribuímos com informações e auxiliamos no que for possível.
Como está o movimento no aeroporto este ano?
No primeiro trimestre, crescemos em 7% o número de passageiros. A ideia é que fechemos o semestre com outro acréscimo e a expectativa é chegar a três milhões de passageiros até o fim do ano e ter o voo internacional funcionando.
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