Em Mato Grosso, apenas quatro cidades contam com aterros sanitários. Só em Cuiabá são produzidas diariamente 500 toneladas de lixo.
Tratamento adequado e destinação do lixo de MT são tarefas do prefeito

Maioria das cidades não tem coleta seletiva.
(Foto: Reprodução/ TVCA)

 

A destinação e o tratamento adequado do lixo estão entre os maiores desafios do poder público. No estado, apenas quatro cidades tem aterro sanitário. As outras operam com lixões a céu aberto, que devem ser fechados até 2014, de acordo com o Plano Nacional de Resíduos Sólidos. Na capital, onde vivem mais de 550 mil pessoas e produz 500 toneladas de lixo por dia, tudo vai para o aterro sanitário que já está operando no limite.

Tangará da Serra, a 242 quilômetros de Cuiabá, é a primeira cidade de Mato Grosso a ter a coleta seletiva. No entanto, o serviço ainda precisa de muitos avanços. “O que não é reciclado a gente acaba tendo que pagar para mandar novamente para o aterro sanitário. Precisamos do auxílio das pessoas na seleção dos materiais nas residências. Isso é o que tem que melhorar”, pontuou a presidente da cooperativa de reciclagem da cidade, Silvana Regina dos Santos.

Na casa da comerciante Ineidia Tereza Machado, em Tangará da Serra, caixas e latas são lavadas, secadas e só depois colocadas nas sacolas destinadas à reciclagem. “Para reciclar tem que ter os cuidados. Lavar as latinhas, para não ficar com cheiro nenhum. Acho que cada um fazendo a sua parte já ajuda muita gente”, enfatizou.

A coleta seletiva é feita no município há quatro anos. O caminhão passa uma vez por semana e o lixo reciclável é levado para o barracão da cooperativa. Todos os dias sete toneladas são despejadas. Vinte e nove cooperados vivem de separar o lixo.

No dia 2 de agosto terminou o prazo para os prefeitos solicitar recursos para elaborar o plano de gestão, mas um dos grandes desafios dos gestores é estimular as pessoas a produzir menos lixo. “Primeiro, nós temos que pensar em como reduzir, por isso o plano de gerenciamento de resíduos deve vir antes de se pensar em um sistema de tratamento porque deve reduzir e hierarquizar as fases do manejo de resíduos”, explicou a coordenadora da gestão de resíduos sólidos da Secretaria de Meio Ambiente do Estado (Sema), Solange Cruz.