Futuro Politico
"Fora de cogitação”, diz Maggi sobre permanência no Ministério Ministro afirma que, independente de quem seja eleito, novo presidente é oposição ao atual governo
O ministro da Agricultura Blairo Maggi (PP) descartou a possibilidade de continuar à frente da Pasta em 2019.
Segundo Maggi, os dois candidatos à Presidência do Brasil - Fernando Haddad (PT) e Jair Bolsonaro (PSL) - são oposição ao Governo do qual ele faz parte.
Ele está à frente do Ministério desde março de 2016, quando Michel Temer (MDB) assumiu a Presidência.
“Isso é fora de cogitação. Eu entendo que somos um governo que está sendo substituídos pela oposição. É muito difícil você dar sequência a algum tipo de ministério quando um governo de oposição ganha. É impossível? Não, mas não é normal, não é o trivial”, disse o ministro na manhã desta segunda-feira (22) em visita ao novo Pronto-Socorro de Cuiabá.
É muito difícil você dar sequência a algum tipo de ministério quando um governo de oposição ganha. É impossível? Não
No ano que vem, Blairo deve continuar à frente das empresas e abandonar a vida pública. Segundo o ministro, viagens para promover o agronegócio também devem ser realizadas.
“Pretendo visitar muitos locais que não tive mais oportunidade de fazê-lo, não pela política, mas para mostrar que o Estado de Mato Grosso é um Estado altamente viável, e que nós enfrentamos um momento de desequilíbrio no fluxo de caixa. E eu não tenho dúvida nenhuma de que logo ali na frente isso tudo vai se ajeitar”, disse.
Proposta de Bolsonaro
Nas últimas semanas, foi ventilada a possibilidade de que, caso vença o pleito de 2018, Bolsonaro convidasse Maggi a continuar à frente do ministério.
Descartada a hipótese, hoje um dos favoritos para ocupar o cargo, caso Bolsonaro seja eleito, é o ruralista Luiz Antônio Nabhan Garcia.
Blairo é crítico a proposta de Bolsonaro de fundir os Ministérios da Agricultura e Meio Ambiente.
“Eu estou lá no Ministério, e eu não teria condições de coordenar dois ministérios tão grandes – e de certa forma em momentos antagônicos, porém com políticas em comum no final”.
“Não só pelas questões da Agricultura, mas por exemplo: como um ministro da Agricultura, que normalmente vem do campo, vai definir questões de licenciamento ambiental em plataformas de petróleo em alto mar no pré-sal? Como vai fazer licenciamento de uma usina nuclear?”, diz.
Comentários