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Domingo - 28 de Outubro de 2018 às 09:17
Por: Tarso Nunes/RD News

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João Edison e Alfredo da Mota Menezes dizem que  benefícios para MT dependem do empenho maior da bancada federal independente do presidente eleito
João Edison e Alfredo da Mota Menezes dizem que benefícios para MT dependem do empenho maior da bancada federal independente do presidente eleito

Ás vésperas da eleição, deste domingo (27), a população irá às urnas para escolherá o próximo presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) ou Fernando Haddad (PT) pelos próximos quatro anos. Diante disso, o quis saber dos analistas políticos João Edison e Alfredo da Mota Menezes os benefícios para Mato Grosso com a vitória do atual deputado federal pelo Rio de Janeiro ou do ex-prefeito de São Paulo.

Ambos são categóricos em dizer que independentemente da vitória de um ou de outro, os benefícios para Mato Grosso vão depender de um empenho maior da bancada federal, que teve a renovação de 87,5% das cadeiras aos deputados federais, com apenas a reeleição de Carlos Bezerra (MDB).

independentemente de quem assumir precisará de bancada

João Edison

João Edison admite que a nova bancada perdeu representatividade no que se refere a “peso político”, com derrotas de Valtenir Pereira (MDB) e Nilson Leitão (PSDB), líder da bancada do partido na Câmara Federal e que foi derrotado na disputa pelo Senado em outubro. Apenas Carlos Bezerra (MDB) foi reeleito. “São todos neófitos. É uma incógnita, temos que esperar para ver. Então independentemente de quem assumir precisará de bancada”.

No Senado os nomes de pesos ficam por conta do senador Wellington Fagundes (PR) e do senador eleito Jayme Campos (DEM), que volta à cadeira após quatro anos fora. A senadora eleita Selma Arruda (PSL) é a estreante.

Os analistas elencam que a bancada terá que fazer enfrentamentos de temas relevantes para Mato Grosso e que impactam diretamente na economia do Estado, como o FEX, Lei Khandir e novo pacto federativo.

a bancada tem que lutar para se aprovado o que está no congresso

Alfredo da Mota Menezes

Mato Grosso recebe apenas R$ 400 milhões pela oneração de R$ 5 bilhões em razão de desoneração de exportação de produtos primários. Alfredo explica que o Estado precisa articular com objetivo de aumentar o retorno da contrapartida. “Vejo que a bancada tem que lutar para se aprovado o que está no congresso, a mudança da Lei Khandir, da qual o Wellington é relator”.

Da bancada federal, deputados eleitos Nelson Barbudo (PSL), José Medeiros (Podemos), Emanuelzinho (PTB) e Neri Geller (PP) declararam apoio a Bolsonaro. Enquanto o reeleito Carlos Bezerra (MDB) e Rosa Neide (PT) votam em Haddad. Colocaram-se neutros Dr. Leonardo (SD) e Juarez Costa (MDB).

No senado, a senadora eleita Selma Arruda (PSL) é "bolsariana". O senador Wellington Fagundes (PR) e Jayme Campos (DEM) não se pronunciaram acerca do apoio.

Pesquisa

Na eleição do primeiro turno, em 7 de outubro, Bolsonaro foi vitorioso em Mato Grosso, recebeu 60,04% dos votos válidos, uma das maiores votações entre os Estados. Haddad ficou em segundo com 24,76%. Uma diferença de 576,5 mil eleitores. A tendência que a vitória, pelo menos no Estado, se repita.

Pautas

João Edison afirma que no cenário mato-grossense está mais alinhado ao Bolsonaro. Cita o governador Mauro Mendes (DEM), que apesar de não ter feito campanha para o presidenciável, admitiu ter votado no candidato de direita.

Em relação a um eventual governo petista, João Edison explica que os Governos Dilma e Lula foram “generosos” acerca de obras e logística para Mato Grosso, incluindo obras da Copa de 2014.

Alfredo analisa que para economia do Estado, baseada no agronegócio, o liberalismo de Bolsonaro tende a ser mais favorável ao setor, como a expansão de áreas produtivas. No entanto, lembra que os governos petistas também sempre foram generosos aos produtores.

De maneira geral, Alfredo critica os programas elaborados pelos candidatos, uma vez que em todas áreas são genéricos. “É um absurdo temos campanha eleitoral e não saber o real plano da saúde ou educação dos dois, é tudo genérico. No fundo a culpa é nossa, do eleitor porque os marqueteiros das campanhas sabem que o eleitor gosta mais do chute da canela, apontar do dedo, do que apresentar propostas concretas”.





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