Cuiabá Invisível
Projeto conta histórias de moradores de rua de Cuiabá
Quando eu peço ajuda e muita gente ignora e fingi, parece que eu não tô ali, como se eu estivesse falando com ninguém e não tivesse falado com ele, como se eu não existisse", contou a moradora de rua Jaqueline, de 28 anos. Por meio da página Cuiabá Invisível, histórias da população marginalizada, quase sempre desvalorizadas, estão sendo contadas.
Idealizada pelo estudante Guilherme Meneguci, 27 anos, e pelo professor Bruno de Miranda Moura, de 22, o projeto nasceu inspirado no SP Invisível, para trazer uma parte da cidade que ninguém enxerga. Por meio de fotografias e relatos, os moradores de rua têm a oportunidade de contar suas histórias e vivências.
"A sociedade de uma forma geral sempre coloca esses personagens a margem da margem, eles basicamente não existem para o estado e para a maioria das pessoas, mas quando estamos no universo de cada um deles, sentimos o peso existencial que é lutar todos os dias pela sobrevivência", explicou Guilherme.
Guilherme e Bruno peregrinam pelas ruas em busca de histórias. Eles abordam os moradores e oferecem cigarro, comida ou dinheiro. Em grande parte dos relatos, os moradores demonstram a necessidade de sobrevivência em meio ao caos urbano, a falta de assistência, o vício nas drogas e a vontade de superação.
"Meu sonho é trabalhar, comprar meu carro, tirar minha habilitação e ter uma família, pois essa vida de rua não pra é ninguém não. Pois quem falar que gosta disso é louco da cabeça. Pois a melhor coisa é ter amigos, mulher, viajar e curtir a vida", disse Dielson Caetano Durante, de 24 anos.
Para conhecer mais sobre o projeto, acesse o Cuiabá Invisível.
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