Rodada técnica monitora soja guaxa em Mato Grosso
A Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja) está realizando uma rodada técnica para verificar a existência de soja guaxa no Estado, plantas que podem ampliar o risco de disseminação da ferrugem asiática na próxima safra. De acordo com o consultor técnico da associação, Wanderlei Dias Guerra, estas plantas são guaxas nascidas durante as chuvas.
“As guaxas mais velhas são as que têm mais ferrugem. Já nas mais novas, quando tem a doença, está apenas nas folhas de baixo. Apesar de a ferrugem não evoluir nesta época do ano, ainda assim estas plantas precisam ser eliminadas. Isto porque este inóculo permanece ativo na planta e até mesmo nas folhas secas caídas no solo. Com o início das chuvas, a ferrugem poderá reiniciar seu ciclo e, a partir das plantas guaxas, atingir as lavouras da região”, alerta.
Segundo Guerra, “na safra passada também foi feito este tipo de coleta e o que achamos nas guaxas foi exatamente o que aconteceu na safra”. A cada município visitado, o consultor tem georreferenciado os locais com guaxa. Durante a rodada técnica, está sendo realizado, além do mapeamento das plantas guaxas, também coletas de folhas com ferrugem para análise.
O objetivo é determinar as regiões e as respectivas perdas de eficiência para carboxamida (princípio ativo de fungicida contra a doença), através da análise de DNA. Também, nos casos em que há quantidade de esporos suficientes, está prevista a análise de sensibilidade ao protioconazol (outro ativo).
“Essas informações de ocorrência são repassadas para os Sindicatos Rurais sugerindo que, em parceria com as prefeituras, ampliem o levantamento e façam a erradicação das plantas. É no perímetro urbano que elas têm sido encontradas em maior quantidade. Solicitamos ainda que informem as ocorrências para a Aprosoja”, finaliza.
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