Milho
Clima seco dá ritmo à colheita no Estado
A colheita da safra 2018 do milho mato-grossense atingiu no final da semana passada 65,71% dos mais de 4,56 milhões de hectares plantados. Das oito semanas de trabalho sobre as lavouras do cereal, o período de 14 a 19 desse mês foi o que registrou o maior avanço semanal, expandindo a área colhida em 15,88 pontos percentuais.
Conforme o levantamento do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea) o saldo parcial dos trabalhos apresenta até aqui bons avanços em todas as regiões do Estado graças às condições climáticas - aumento das temperaturas – o que garante a secagem do cereal no campo.
Em consequência dos atrasos durante o período de semeadura, a colheita continua apresentando retardo em relação à safra 2016/17, porém, dentro da média dos últimos cinco anos. “As previsões climáticas para a próxima semana não devem apresentar grandes alterações, sendo esperado que os trabalhos de campo continuem a todo vapor”, destacam os analistas.
As regiões mais avançadas são a médio norte com 82,51% - responsável por quase 2 milhões de hectares dos 4,56 milhões cultivados - norte e noroeste, 72,62% e 69,32%, sucessivamente, ao passo que a região sudeste se encontra mais atrasada.
A produção mato-grossense está prevista em 26,38 milhões de toneladas, sendo ainda 13,37% inferior em relação ao recorde registrado na safra 2016/17.
AGRURAL – De acordo com a consultoria AgRural, a colheita de milho está atrasada, chega a 36% no Centro-Sul, com o Paraná liderando o atraso dos trabalhos.
Mesmo com avanço semanal de 11 pontos, a colheita segue atrasada na comparação com os 50% do ano passado e os 42% da média de cinco anos. Plantio tardio, demora na perda de umidade dos grãos devido às temperaturas noturnas mais baixas e pouca pressa dos produtores em meio a um mercado pouco atraente explicam o ritmo mais lento.
No Paraná – estado que puxa o atraso - apenas 6% da área está colhida, contra 36% há um ano.
No início de julho, a AgRural elevou sua estimativa de produção de milho segunda safra no Brasil de 57 milhões para 57,1 milhões de toneladas. O pequeno incremento deveu-se a produtividades acima do esperado em Mato Grosso. Mesmo assim, a produção estimada é bem inferior aos 67,4 milhões de toneladas produzidos no ano passado.
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