Gás de Cozinha
Alta do preço do botijão faz crescer revendas ilegais
O gás de cozinha, que há tempos vem pesando no orçamento do consumidor, ficará ainda mais caro. Além dos reajustes promovidos pela Petrobras, o mais recente aumento dos preços do botijão aconteceu devido ao dissídio salarial dos trabalhadores das revendas e distribuidoras, cuja data-base é em setembro.
Distribuidoras de gás anunciaram um aumento que varia entre 3,6% a 4,4% para o produto de 13 kg. Com tantas oscilações, uma pesquisa recente realizada pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), detectou que cerca de 1,2 milhões de residências brasileiras começaram a apelar para a lenha ou carvão para cozinhar.
Outra mudança no comportamento dos consumidores causada pela alta dos preços é que muitos têm se arriscado a comprar produtos clandestinos, oferecidos bem abaixo do valor do mercado. No entanto, o principal risco do comércio ilegal é a falta de segurança: por não terem fiscalização da Agência Nacional do Petróleo, os botijões podem ter gás adulterado, conter o peso errado e, principalmente, vazar e causar acidentes fatais.
Com o avanço tecnológico, alternativas inteligentes surgiram para facilitar a vida das pessoas em diversos segmentos, inclusive na rotina e na economia doméstica. O aplicativo Chama é um bom exemplo disso possibilitando que consumidores encontrem revendedores de gás credenciados pela ANP pelo melhor preço e próximo de suas casas.
Com os reajustes que vêm sendo aplicados no preço do botijão de gás de cozinha desde o ano passado, é comum os consumidores buscarem vendedores com preços mais em conta para ajustar o orçamento. Afinal, segundo dados da Agência Nacional do Petróleo (ANP), só no estado de São Paulo o aumento chegou a mais de 22% em 2017.
Nessa busca por melhores preços, é importante ter cuidado na hora da compra, já que adquirir um botijão de gás clandestino, ou seja, que não respeite as normas da ANP, ainda que mais barato, pode trazer riscos. Produtos com valores muito abaixo do mercado de fornecedores desconhecidos são um risco iminente, pois geralmente não passam por nenhum tipo de controle de qualidade – por isso seus custos são reduzidos. Nestes casos, tanto os botijões quanto o seu conteúdo são alterados, o que aumenta as chances de acidentes. Portanto, a economia não compensa o risco.
Segundo estimativas da Associação Brasileira de Entidades de Classe das Revendas de Gás LP (Abragás), até o final de 2017, cerca de 200 mil revendedores ilegais de gás de cozinha operavam no Brasil: três vezes mais do que os autorizados pela ANP, que, até setembro deste ano, eram pouco mais de 70 mil.
"É um número desproporcional e bem assustador. Esses revendedores ilegais e clandestinos no país trabalham em pontos fixos e móveis. É um tipo de revenda que prejudica não apenas a vida de quem tem autorização da ANP, mas também a qualidade final do produto e a segurança do consumidor, que não sabe a procedência do que está comprando e não têm garantias", afirmou o presidente da Abragás, José Luiz Rocha.
A boa notícia é que a tecnologia se tornou uma importante aliada para garantir segurança e também melhores preços. Disponível em São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre e, agora, em Curitiba, o Chama é um aplicativo que conecta revendedores de botijões de gás a clientes. Com a ferramenta, o usuário possui a praticidade de pedir o botijão pelo celular, escolhendo apenas revendedores regulamentados pela ANP. Também é possível visualizar as revendas por geolocalização, com informações como: valores, tempo de entrega e a avaliação realizada por outros usuários.
"O consumidor não precisa mais fazer uma busca ligando para cada vendedor do bairro e, ainda sim, sem saber exatamente a procedência e qualidade do botijão. Com o aplicativo, você tem a transparência de conhecer todas as informações sobre aquela revenda e também, por exemplo, a avaliação de outros usuários sobre qualidade e atendimento", comenta Otávio Tranchesi, diretor de marketing do Chama.
Em busca de preços mais baixos, muitas pessoas se arriscam a comprar botijões de revendas clandestinas, sem autorização da ANP para operar e que não cumprem requisitos de segurança. No entanto, basta um pequeno vazamento para transformar o botijão em uma bomba-relógio.
"Muitas vêzes, você pode encontrar um botijão mais barato exatamente porque não passou pelos processos da ANP, que tem padrões de segurança em relação ao lacre, estocagem, entre outros. Um botijão sem esse processo gera riscos para o consumidor, que pode acabar, por exemplo, levando um produto mais vazio ou até mesmo com grande risco de acidentes, principalmente quando estocados em locais inadequados. Por isso a importância de saber de onde vem o botijão", alerta.
Todos os revendedores do Chama, sem exceção, são autorizados pela Agência Nacional do Petróleo e por isso seguem as mais rígidas normas de qualidade e segurança. Este fato dá ao consumidor a garantia de estar comprando um produto em perfeito estado e pelo melhor preço, já que a ferramenta possibilita esta vantagem.
Comentários