MT tem mais de 24 mil casos de dengue, zika e chikungunya
Os casos de dengue, chikungunya e zika avançam em Mato Grosso. Juntas, essas doenças já contabilizam 24.178 notificações e 14 óbitos em todo o Estado. Do total, 14.197 são de chikungunya, número que coloca o Estado em situação de alto risco para a doença. Uma das preocupações é com a possibilidade de reintrodução de dengue tipo 2, considerado altamente virulento.
Dentre o restante de casos registrados até 24 deste mês, 8.951 são de dengue e 1.030 de zika. Já entre as mortes, seis foram por dengue, sendo que quatro confirmadas e duas ainda em investigação e, oito por chikungunya. Destas, sete confirmadas e uma em investigação, conforme informações da Vigilância Epidemiológica, ligada à Secretaria de Estado de Saúde (Ses/MT).
Para conter o avanço, a população é convocada para unir esforços no enfrentamento ao mosquito Aedes aegypti. Em Cuiabá, os mais de 270 agentes visitaram mais de 260 pontos estratégicos, como cemitérios, oficinas e borracharias levando orientações e bloqueio com produto químico nos locais ou recipientes com água acumulada.
Também estão sendo vistoriadas todas as unidades de saúde de atenção primária, secundária e terciária localizadas na cidade, bem como os imóveis que ficam no entorno desses postos de saúde. “A orientação é conscientizar e sensibilizar essa população para que fique livre e fique atenta a qualquer possibilidade de locais que acumulem água”, informou Alessandra da Costa Carvalho, coordenadora municipal da Vigilância em Zoonoses.
A preocupação aumenta com a chegada do período chuvoso. “Na capital o LIRAa (Levantamento do Índice Rápido por Aedes) está muito alto em 7% e a gente continua com a situação dos reservatórios baixos acumulando água e que a gente sempre orienta a população que é necessário que se evite ou vede de forma adequada”, comentou. O Liraa aceitável é de 1%. Uma das preocupações é com a possibilidade de reintrodução do dengue tipo 2. “Ele já está circulando em Goiânia e São Paulo causando muita letalidade”, alertou.
Conforme Alessandra Carvalho, uma das práticas que vem sendo incentivadas são os “10 minutos contra o Aedes”, uma proposta idealizada com base no conhecimento científico dos pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), que é inspirada em uma estratégia de controle do mosquito adotada em Cingapura, que foi capaz de interromper o pico de epidemia de dengue no país com ações semanais da população dentro de suas residências, de apenas 10 minutos, para limpeza dos principais criadouros.
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