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Quarta - 12 de Dezembro de 2018 às 09:52
Por: Thaiza Assunção e Douglas Trielli/Mídia News

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O governador eleito de Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM)
O governador eleito de Mato Grosso, Mauro Mendes (DEM)

O governador eleito Mauro Mendes (DEM) afirmou, nesta terça-feira (11), que não descarta a possibilidade de escalonar os salários dos servidores públicos estaduais nos primeiros meses da sua gestão.

O escalonamento foi usado pelo governador Pedro Taques (PSDB) para pagar o salário de novembro dos profissionais. Assim que assumir o Governo, no dia 1º de janeiro, Mendes terá que efetuar o pagamento de dezembro dos servidores.

“Se neste mês [dezembro], grande parte dos recursos estão sendo usados para pagar parte do mês de novembro, muito provavelmente, no mês de janeiro, não haverá nenhuma receita extraordinária que possa nos dar a previsibilidade da mudança desse cenário”, afirmou Mendes.

O governador eleito disse que não teme uma pressão do Fórum Sindical - que representa o funcionalismo público do Estado - com o possível escalonamento.

Se alguém tiver uma solução diferente disso, uma formula de pagar o salário no dia 30 sem que tenha dinheiro na conta, é só me avisar que eu implemento

"Se alguém tiver uma solução diferente disso, uma fórmula de pagar o salário no dia 30 sem que tenha dinheiro na conta, é só me avisar que eu implemento. Mas só paga com dinheiro na conta. O Fórum vai dizer o que? Que tenho chegar em janeiro e conseguir arrumar dinheiro aumentando imposto? Se o contribuinte estiver disposto a isso, até posso fazer. Mas tenho certeza que elevação absurda de tributação está descartada", disse.

Mendes frisou que, desde a campanha, já falava do desequilíbrio financeiro do Estado e que, se fosse governador, teria que tomar medidas duras, mas corretas, para conseguir reequilibrar as contas em um prazo de um, dois ou três anos.

Nos últimos meses, Mendes anunciou o corte de nove secretarias e a demissão de mais de 3 mil servidores comissionados como medidas urgentes a serem tomadas em janeiro para economizar cerca de R$ 200 milhões aos cofres públicos.

Além disso, Mendes também declarou que está estudando a extinção ou a fusão de sete dos 20 órgãos e empresas públicas do Estado para diminuir as despesas do Estado.

“Nós vamos trabalhar fortemente, como já estamos fazendo, para tomar medidas de contenção de despesas. As mudanças que serão possíveis serão construídas a médio prazo. Vai ser centavo por centavo, para permitir, ao longo do ano, melhorar essa situação”, afirmou governador eleito.

Conforme Mendes, essas medidas não serão tomadas "com sorriso no rosto", mas são necessárias para tirar Mato Grosso desta realidade.

“Esse atraso de salário só é mais um passo nessa direção que, se não formos capaz de mudar, Mato Grosso vai se transformar em Rio Janeiro ou Minas Gerais, com dois ou três meses de salário atrasado e enormes prejuízos à população”, pontuou.





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