Fethab 2 sem renovação
Ninguém pode acusar Pedro Taques de retaliação, rebate agro Normando Corral diz que governador tomou decisão antes de saber o resultado da eleição
O presidente da Famato e do Fórum Agro MT, Normando Corral considerou justa a decisão do governador Pedro Taques (PSDB) de não encaminhar para Assembleia Legislativa o projeto de lei do governador eleito Mauro Mendes (DEM) que visa à renovação do Fethab (Fundo Estadual de Transporte e Habitação) 2.
Para Normando, Mendes não pode acusar Taques de “retaliação”, pois segundo ele, o atual chefe do Executivo já tinha tomada essa decisão antes de saber o resultado das eleições.
Quero parabenizar não só pela atitude, mas pela coragem. Ninguém pode acusá-lo de retaliação por essa decisão, porque o senhor a fez muito antes de saber se continuaria sendo governador ou não
O objetivo de Mendes era unificar o Fethab 1 e 2. A fusão poderia gerar uma receita anual de R$ 300 milhões a mais. Somente com o fundo original, o Executivo arrecada quase R$ 1 bilhão. Já o segundo gera receita de quase R$ 450 milhões. Com a decisão de Taques, o segundo montante deixa de ser arrecadado pela próxima gestão.
Taques justificou sua decisão afirmando que não haveria tempo hábil para discutir a proposta com o setor produtivo. Explicou ainda, que quando lutou pela criação do novo Fethab assumiu um compromisso com a classe de não renová-lo.
“Quero parabenizá-lo não só pela atitude, mas pela coragem. Ninguém pode acusá-lo de retaliação por essa decisão, porque o senhor a fez muito antes de saber se continuaria sendo governador ou não”, disse Normando a Taques durante reunião no Palácio Paiaguás, na sexta-feira (14).
O presidente da Famato ainda reclamou que Mendes não procurou o setor para discutir o projeto de renovação do Fethab 2.
“Eu acho que o novo governador não está preocupado com os efeitos que esse projeto pode trazer à classe. Isso precisa de uma discussão ampla. Não é uma audiência, uma reunião que irá resolver isso”, afirmou.
Mendes, por sua vez, disse que, assim que assumir o Palácio Paiaguás, irá enviar o projeto para o Legislativo.
"Esta é mais uma das inúmeras decisões erradas e equivocadas deste Governo. É por atos como este e por não saber tomar as decisões corretas que o Estado está atolado em dívidas, com bilhões em restos a pagar”, disse.
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