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Quarta - 19 de Dezembro de 2018 às 08:40
Por: Lazaro Thor Borges/GD

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Otmar de Oliveira

A última sessão plenária da Câmara de Cuiabá, realizada nesta terça-feira (18), foi marcada pela aprovação, em regime de urgência, de um conjunto de projeto de leis que concedem aumentos salariais para servidores municipais. Segundo parlamentares da oposição, nem mesmo os membros da base governista no Parlamento tiveram acesso ao teor completo de todas as propostas. A reportagem de A Gazeta buscou os dados, mas nenhum dos projetos foi disponibilizado no portal do Legislativo na internet.

A assessoria da Câmara não informou os percentuais de aumento e quais categorias foram beneficiadas. Segundo informações preliminares da Secretaria de Comunicação do Legislativo, receberam aumentos servidores da Educação, arquitetos, engenheiros e fiscais do município. Vereadores , quando questionados sobre o assunto, também não deram detalhes sobre as propostas.

“Houve aumento real, mas eu não sei quanto era. Isso é coisa que o Executivo negocia lá, mas não é muita coisa não”, comentou o vereador Renivaldo Nascimento (PSDB), que compõe a base do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB). “Não tem como falar [sobre o teor do projeto]. Eu nem ligo muito para isso, até porque aumento de servidor não se discute, a verdade é esta”, completou.

Já o vereador Diego Guimarães (PV) disse que a utilização do regime de urgência tem feito com que os parlamentares da oposição não consigam sequer ler os textos para se manifestar antes da votação. O “artifício”, segundo ele, prejudica até mesmo os vereadores da base aliada, que também nem sempre conseguem acessar os textos.

“Emanuel mandou, eles aprovam. O que eles fazem ali na sessão não é brincadeira, é verdade. A nossa revolta não é para ficar com picuinha. Vereador aqui virou bate carimbo do Executivo”, criticou o progressista.

Representantes da base governista, contudo, garantem os projetos só têm sido apreciados dessa forma para limpar a pauta de votação neste final de ano. “Todo mundo teve acesso, a sessão foi extensa. O regime de urgência está no regimento. E esse negócio de aumento de servidor já tinha a negociação. Finalizou agora”, sustentou Misael Galvão (PSB).

Questionado pela reportagem do jornal A Gazeta sobre detalhes dos projetos, o líder do Executivo na Câmara, vereador Paulo Araújo (PP), também não soube informar de quanto foi o percentual de aumento aprovado. O progressista garantiu que teve acesso a todos os projetos, mas ponderou que não se recordava quais foram os valores. “Todos tiveram acesso aos projetos”, disse. “Eu, por exemplo, li 38 projetos em uma semana, mas não sei especificamente te falar de um deles. Hoje, foram 18 projetos apreciados”, argumentou.





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