Recém-empossado
Presidente: Judiciário precisa de mais R$ 100 mi no orçamento Carlos Alberto disse acreditar na sensibilidade do governador eleito para conseguir o recurso

Recém-empossado presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, o desembargador Carlos Alberto da Rocha afirmou que o Poder Judiciário vai precisar de R$ 100 milhões a mais no orçamento de 2019 para “conseguir prestar os serviços que a população merece”.

Ele afirmou que aposta na “sensibilidade” do governador eleito Mauro Mendes (DEM) para conseguir o recurso.

Nosso orçamento para 2019 é de R$ 1,16 bilhão e nós precisamos de R$ 1,116 bilhão. São R$ 100 milhões a mais. Temos hoje faltando 30 magistrados. Se não tiver esse acréscimo no duodécimo não vamos ter estes 30 magistrados e quem vai sofrer com isso é a população

“Nosso orçamento para 2019 é de R$ 1,016 bilhão e nós precisamos de R$ 1,116 bilhão. São R$ 100 milhões a mais. Hoje temos 30 magistrados faltando. Se não tiver esse acréscimo no duodécimo, não vamos ter estes 30 magistrados e quem vai sofrer com isso é a população”, disse.

Mendes já avisou ser contrário à possibilidade de elevar o orçamento dos Poderes. Ele afirmou que o Governo não tem condições de arcar com o aumento de repasses para ninguém.

Além do TJ, o Ministério Público Estadual e o Tribunal de Contas do Estado também desejam aumento.

“Hoje, não temos condições de aumentar absolutamente nada de ninguém. Todos os Poderes devem fazer aquilo que estou fazendo no Executivo, cortar, dar sua contribuição para Mato Grosso. E é isso que estou pedindo a todos”, disse Mendes, na semana passada.

O presidente do TJ, por sua vez, afirmou que Judiciário não trabalha com a hipótese de redução de forma alguma.

“O governador é sábio. Ele é sensível e não fará isso, não. Vamos chegar em um denominador comum, porque ele sabe que o orçamento do Judiciário é o mesmo há quatro anos. Eu ainda confio na sensibilidade do governador”, afirmou.

Carlos Alberto tomou posse no cargo de presidente do Tribunal de Justiça nesta quarta-feira (19) e passará a gerir, a partir de 1º de janeiro de 2019, o Poder Judiciário estadual.

Também tomaram posse os desembargadores Maria Helena Gargaglione Póvoas, no cargo de vice-presidente, e Luiz Ferreira da Silva, na função de corregedor-geral da Justiça. O evento foi realizado no Plenário 1 do TJ, na sede do Palácio da Justiça.