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Cidades/Geral
Sábado - 05 de Janeiro de 2019 às 09:57
Por: Folha Max

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As categorias do funcionalismo público não aceitaram a proposta do Governo do Estado de pagar o salário de dezembro de 2018 de forma escalonada. As categorias, que já estavam em estado de greve, vão se reunir no próximo dia 11 de janeiro e não descartam paralisar as atividades.

Em texto divulgado nas redes sociais, o Sindicato dos Trabalhadores da Saúde (Sisma) criticou a forma como a decisão foi tomada, sem diálogo com os servidores. Para a entidade, o que o Poder Executivo anunciou também não pode ser chamado de escalonamento, mas sim de atraso salarial.

“Sem dialogar com as entidades de classes, o atual governo impõe um duro cronograma de atraso no pagamento de salários e 13° de 2018. Jogou o pagamento do 13° de todos servidores aniversariantes em 2019 para dezembro de 2019”, assinalou.

O Sisma ainda cobra uma posição do Executivo quanto a outra reivindicação dos servidores nos últimos anos. “Não se pronunciou a respeito da RGA 2018 atrasada também”, diz o texto..

A Adunemat (Associação dos Docentes da Universidade Estadual de Mato Grosso) também se posicionou sobre a decisão. Por meio de nota, ela relembrou a falta de diálogo da gestão passada, que pode estar se repetindo no governo recém-empossado.

Os representantes da classe ainda apontam que o Fórum Sindical demonstrou interesse em dialogar com o governador antes dele anunciar a decisão. “Protocolamos, enquanto Fórum Sindical, no último dia 03 de janeiro, uma solicitação de audiência com o Governador Mauro Mendes, cuja pauta consta não apenas o pagamento dos salários, mas a disposição do conjunto dos Servidores Públicos de dialogar com o governo, buscando soluções viáveis que respeitem a razão de ser do Estado e o zelo pela Gestão Pública, da qual os servidores públicos são partes indissociáveis”, diz a nota.

A entidade ainda critica a forma como o escalonamento foi feito. Para eles, é inadmissível que os servidores recebam com 30 dias de atraso.

Além disso, apontam como “truculenta” a transferência do pagamento do 13º salário para o mês de dezembro, já que há mais de 10 anos é realizado no mês de aniversário do servidor. “Esperamos, ainda, que o governo tenha a inteligência estratégica capaz de rever uma escolha que, de todas, é a mais fácil e a mais cruel: deixar de pagar salários”, finaliza.

CALENDÁRIO

No fim da tarde de ontem, o Governo do Estado anunciou como pagará os salários de dezembro de 2018. NO dia 10, receberão os servidores que ganham até R$ 4 mil. A partir do dia 24, receberão os que ganham até R$ 6 mil. Os demais servidores, cerca de 13 mil pessoas, verão o pagamento até o dia de 30 de janeiro.

Também foi programado pela nova gestão que o 13º salário de 2018 dos servidores que fazem aniversário em novembro e dezembro, além dos comissionados, será quitado em quatro parcelas. Eles serão depositados nos últimos dias dos meses de janeiro, fevereiro, março e abril deste ano.

Mauro Mendes (DEM) também mudou a forma de pagar o benefício. Ninguém mais recebe na data do aniversário, como era feito há várias gestões. Todos agora passam a ter o dinheiro no final do ano, em dezembro. O prazo final, imposto pela legislação, é 20 de dezembro.

A alegação é a forma como ele assume o Estado, com déficit de cerca de R$ 2 bilhões. “O Governo do Estado se pautará sempre pelo respeito e transparência no relacionamento com os servidores, que são essenciais para a regular prestação dos serviços públicos ao cidadão, não omitindo ou postergando qualquer informação relevante”.

NOTA DE REPÚDIO DO SISMA

Governo começa mandato sem diálogo com servidores públicos do Poder Executivo

As promessas de campanha fazem a carruagem se transformar em abóbora nos primeiros dias do conto de fadas.

Sem dialogar com as entidades de classes, o atual governo impõe um duro cronograma de atraso no pagamento de salários e 13° de 2018. Jogou o pagamento do 13° de todos servidores aniversariantes em 2019 para dezembro de 2019.

Não existe escalonamento quando as parcelas pagas são para um grupo de servidores por faixa salarial, isso é atraso no pagamento da folha.

E não se pronunciou a respeito da RGA 2018 atrasada também.

ASSEMBLEIA GERAL DA SAÚDE DIA 11/01 as 14:00 h em local a ser definido, dando continuidade ao ESTADO DE ASSEMBLEIA PERMANENTE de 24/9/2018.

NOTA DE REPÚDIO DA ADUNEMAT

A ADUNEMAT vem a público manifestar sua indignação com a decisão do Governo do Estado de Mato Grosso de escalonar os salários e o décimo terceiro dos servidores públicos.

Após 04 anos durante o Governo Taques acumulando atrasos e calote na RGA e ainda recebendo um tratamento desrespeitoso marcado pela falta de diálogo, esperamos que a truculência que vivenciamos naquele governo não seja reeditada no Governo Mauro Mendes.

Esperamos encontrar uma solução aos problemas fiscais do Estado sem o populismo midiático que coloca o Servidor Público como vilão.

É preciso dizer que os servidores públicos tem sofrido as consequências de governos irresponsáveis, corruptos, que se apropriam da coisa pública como extensão de seus negócios particulares. A marca desses governos tem sido a ampliação vertiginosa de privilégios fiscais para grandes empresários e, de outro lado, o desmonte das políticas públicas para as quais sem os servidores públicos não existem.

É a população mais pobre a principal vítima desses (des)governos.

Protocolamos, enquanto Fórum Sindical, no último dia 03 de janeiro, uma solicitação de audiência com o Governador Mauro Mendes, cuja pauta consta não apenas o pagamento dos salários, mas a disposição do conjunto dos Servidores Públicos de dialogar com o governo, buscando soluções viáveis que respeitem a razão de ser do Estado e o zelo pela Gestão Pública, da qual os servidores públicos são partes indissociáveis.

Nós, docentes do Ensino Superior levamos significativa parte de nossas vidas à formação acadêmica em cursos de mestrado, doutorado e pós-doutorado, uma obrigação legal que visa qualificar as instituições na oferta de ensino de excelência e no desenvolvimento da pesquisa e extensão, tão necessários ao desenvolvimento sociocultural, ambiental e econômico do Estado de Mato Grosso.

Somos mais de 90% de docentes dedicados EXCLUSIVAMENTE à UNEMAT e, portanto, impossibilitados de outra fonte de renda senão os nossos próprios salários.

É inadmissível o não pagamento do 13º salário e a imposição de atraso de 30 dias de salários.

Por isso manifestamos nosso mais veemente repúdio!!!

Aguardamos que o Governo receba o Fórum Sindical e inicie, de fato, um novo tempo na relação entre servidores públicos e governo, sem truculência, com diálogo e a honradez que as urnas lhe conferiram.

Esperamos, ainda, que o governo tenha a inteligência estratégica capaz de rever uma escolha que, de todas, é a mais fácil e a mais cruel: deixar de pagar salários!

Cáceres, 04 de janeiro de 2019.

Diretoria da ADUNEMAT.





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