Popular e charmoso
Amantes do Fusca fazem carreata nas principais ruas da Capital
O “besourinho” mais querido do mundo automotivo comemora neste domingo (20) o Dia Nacional do Fusca e uma carreata organizada pelos amantes do peculiar carro está marcada nesta data em Cuiabá. O movimento é articulado pelo Fusca Clube Cuiabá-MT, que tem cerca de 200 membros apaixonados pelo carro da Volkswagen.
O encontro será no Parque das Águas e a saída está marcada para as 17h. O trajeto inclui a passagem pela avenida do CPA, subindo pela avenida Getúlio Vargas até a rotatória do viaduto na Miguel Sutil rumo à Arena Pantanal, onde os motoristas poderão se encontrar para exibir as suas relíquias.
José Guilherme de Andrade, 27, é o vice-presidente do Fusca Clube, criado há 1 ano para a interação dos admiradores desse grande clássico brasileiro. O engenheiro mecânico conta que sua paixão pelo carro vem desde que era criança e via seu avô, Benedicto Rosa, com o Fusca branco, que foi roubado. “Meu sonho era reformar o Fusca do meu avô para ficar com o carro”, lembra.
Arquivo Pessoal
Fusca 1976 comprado pelo avô e pai de José Guilherme. Hoje está todo reformado e recebeu o apelido de "Dito" em homenagem ao avô.
Logo, o Fusca 1976 entrou para a família e passado de geração em geração. “Meu pai comprou esse carro com meu avô e eu comprei do meu pai, mas disse que só o pegaria quando ele falecesse”, afirmou o rapaz que há 10 anos está com o “Dito”, em homenagem ao avô. “Eu reformei o carro e todo ele é feito em homenagem ao meu avô” completou.
Inclusive, José Guilherme e o pai tentaram inovar e montar um triciclo com outro Fusca, mas desistiram da ideia e venderam o carro. “Tem gente que diz que com arame e alicate dá para arrumar qualquer parte do Fusca, mas isso não é verdade. É extremamente caro reformar ou mesmo arrumar”, completou ao contar que trabalhou dois anos juntando dinheiro e 7 meses para reformar.
Também muito orgulhoso pelo “besouro”, que chama de Banana, Clênio Dugnotto, 64, diz que o seu Fusca 1980, com rodas e direção esportiva, toca fita e amplificador de Tojo, funciona como terapia em sua vida. “Toda vez que me sinto estressado, pego o meu Fusca e dirijo, vou até Chapada [dos Guimarães], e só em andar nele já fico mais relaxado. É o meu remédio”, afirma.
Quando jovem, aos 22 anos, Clênio teve o seu primeiro Fusca, um 1970 vermelho bordô, e arrasava com rodando com o carro turbinado em Santa Maria (RS). “Tinha o banco reclinável, muito bom de namorar. Era o carro da moda, roda larga, rebaixado, som tremendo dentro, pelo menos para a época, né”, diz aos risos.
Arquivo Pessoal
Quando se sente estressado, Clênio pega o Fusca Banana e dirige, muitas vezes rumo à Chapada dos Guimarães.
Homem de família, casado com Jane, com 3 filhos e 5 netos, Clênio adora fazer a vontade dos netos e sair para passear. “Eles são apaixonados pelo meu Fusca, ele tem um escapamento bem barulhento, do jeito que eu gosto, e eles também”, garante. Neste Natal, o empresário se vestiu de Papai Noel e fez a alegria de crianças de uma creche em Cuiabá. “É de arrepiar quando eu lembro das crianças felizes comigo e o meu Fusca. Acho que umas 15 crianças entraram nele", afirma.
Independente da idade, o Fusca tem adquirido cada dia mais fãs. De acordo com José Guilherme, o intuito do clube é reunir todas essas pessoas, independente de ter um carro reformado ou não, o importante é expressar admiração pelo modelo que já foi o mais vendido de todos os tempos desde 1938.
“Fusca sempre foi uma relíquia. É o carro do século. Todos o reconhecem pelo design, pela história. Nosso clube está aberto a mais membros que admiram o Fusca. Quem tiver interesse é só chegar e participar dos encontros”, pontua. Aos interessados em fazer parte do clube basta seguir a página do Fusca Clube Cuiabá-MT no Facebook e também no Instagram, onde são divulgados pontos de encontro e carreatas de Fusca.
Divulgação
Divulgação
Comentários