A Polícia Federal desarticulou na manhã desta quinta-feira um esquema de corrupção que acontecia em prefeituras do norte de Minas Gerais. São cumpridos, ao todo, 11 mandados de busca e apreensão na Operação Odin. Em Coração de Jesus, o prefeito, o contador e dois secretários foram afastados do cargo e usarão tornozeleiras eletrônicas para o monitoramento da Justiça.
Segundo as investigações, o município de Coração de Jesus contratava, mediante licitações fraudadas, maquinário e trabalhadores para execução de obras públicas junto a empresas particulares. Já em Montes Claros, cidade vizinha, os policiais apontaram fraude na concessão e saque de verbas destinadas ao Tratamento Fora de Domicílio (TFD). Os benefícios desta espécie eram criados pelos contraventores de forma fictícia, em nome de terceiros e sacados em proveito próprio.
O Tribunal Regional Federal da 1ª Região, que autorizou as buscas, determinou a aplicação de medidas cautelares para os investigados: prefeito, secretário de transportes, ex-secretário de saúde e o contador de Coração de Jesus. Além do afastamento e das tornozeleiras, eles estão proibidos de acessar os prédios da prefeitura e suas respectivas secretarias.
Os suspeitos ainda foram proibidos de se comunicar entre si ou com qualquer funcionário municipal, testemunhas e construtoras investigadas. O descumprimento de qualquer um dessas medidas cautelares acarretará em prisão preventiva dos investigados.
A operação foi batizada do Odin em referência ao principal deus da mitologia nórdica, considerado o deus que a tudo vê. O nome faz alusão ao sistema de monitoramento eletrônico, que permite acompanhar em tempo real a localização e movimentação dos investigados. A tornozeleira envia as informações por meio de sinal de GPS e GPRS
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