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Segunda - 28 de Janeiro de 2019 às 07:58
Por: Vinícius Lemos e Vinícius Bruno/RD News

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O governador Mauro Mendes (DEM) afirmou que a dívida dolarizada do Estado com o Bank Of América poderá ser reduzida em quase R$ 200 milhões, caso o Banco Mundial aceite comprá-la. O democrata disse que está tentando negociar a dívida e acredita que o pacote de medidas econômicas aprovado na Assembleia deverá facilitar um possível acordo.

A dívida de U$ 479 milhões foi contratada pelo ex-governador Silval Barbosa (sem partido) em 2012, para negociar parte de pendência de R$ 5 bilhões que o Estado tinha com a União, por meio da Secretaria do Tesouro Nacional (STN).

Mayke Toscano

Mauro Mendes

Governador Mauro Mendes (DEM) acredita que pacote de medidas econômicas aprovado na Assembleia deverá facilitar possível acordo com banco

A dívida dolarizada começou a ser pagar durante o Governo Pedro Taques (PSDB), que parcelou os U$ 479 milhões em 20 vezes, durante 10 anos. Ainda restam 12 parcelas.

Desde que passou a analisar as finanças do Estado, ainda na campanha, o governador informou que iria tentar minimizar o peso que o compromisso se transformou para o Executivo estadual.

Nesta sexta, ele disse que conversou com representantes do Banco Mundial. Segundo ele, a negociação da dívida com a entidade é um grande negócio para o Estado. “Nós alongamos a dívida e diminuímos os juros”, declarou.

Neste ano, está programado que o Estado pague cerca de R$ 280 milhões ao Bank Of América. Segundo Mauro, em caso de negociação com o Banco Mundial, o valor cai, pois os juros serão reduzidos. “Essa prestação cai em torno de R$ 60 milhões ao ano. Isso dá uma folga de quase R$ 200 milhões no caixa [até o fim do pagamento dos U$ 479 milhões]”, declarou.

No entanto, para que o Banco Mundial aceite negociar a dívida, o democrata ressaltou que a entidade passa uma “lição de casa”. “É assim que ele se comporta no mundo inteiro, onde ele financia governos e agentes públicos”, disse.

“É um banco de desenvolvimento, financiado por alguns grandes países, então há regras a se cumprir. Se cumprirmos as regras, vamos ser ajudados. Se não cumprirmos, não seremos ajudados”, acrescentou.

“Pacto por Mato Grosso”

Entre os pontos que Mauro pretende utilizar como argumento para mostrar ao Banco Mundial que está fazendo a “lição de casa” está o “Pacto por Mato Grosso”, pacote de medidas aprovadas na Assembleia na noite de quinta (26).

“O Banco Mundial tem regras claras, que vamos divulgar oportunamente quais são, pois agora não as tenho, mas certamente é preciso mostrar que está buscando o equilíbrio. Nenhum banco dá dinheiro para quem não tem condição de pagar”, afirmou.

“Se hoje, o que arrecadamos não paga nem a despesa do mês, como vai pagar o financiamento que o banco está te dando? Então, ele quer ver claramente se estamos fazendo a lição de casa, que é economizar, buscar o equilíbrio, para ter condições de ele emprestar e ter condições de pagar no futuro”, completou.

Mauro ressaltou ainda que o congelamento da Revisão Geral Anual (RGA) por dois anos, conforme definido pelos deputados estaduais, é um dos pontos que trará economia ao Estado e facilitará o diálogo com o Banco Mundial.

“Não tenho todas as regras aqui, mas me lembro que, na conversa que tivemos com representantes do Bank Of América em dezembro, que uma delas era a alteração, que eles entendiam que esse era um dos grandes ofensores que o Estado tinha, que era o rápido crescimento do volume de folha de pagamento”, declarou.





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