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Cidades/Geral
Segunda - 28 de Janeiro de 2019 às 17:00
Por: Larissa Malheiros/Folha Max

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A Agência Nacional de Mineração (ANM) divulgou a lista de 30 barragens em Mato Grosso corretamente cadastradas. Destas, a única com risco potencial de rompimento está localizada município de Poconé (104 km de Cuiabá), mas foi interditada no ano passado.

Além dela, outra empresa que apresenta risco, porém baixo, é a mineradora Maney Mineração Casa de Pedra Ltda, na Baixada Cuiabana, que tem como um dos sócios o governador Mauro Mendes (DEM). A Maney Mineração Casa de Pedra, da barragem Casa de Pedra, é localizada na Grande Cuiabá, e é considerada com risco baixo, mas o dano potencial alto. Os dados são registrados pela Política Nacional de Segurança de Barragens (PNSB). A barragem tem como minério principal o ouro primário, com volume de 15,6 milhões de m³.

Os dados da agência foram atualizados em janeiro. A informação é que os rejeitos depositados na área são de “sobras” de ouro.

A única apontada com risco alto de acidentes foi à barragem BR Ismael em Poconé, interditada após fiscalização no ano passado. Na ocasião, foram constadas algumas irregularidades e determinadas exigências para o retorno das operações.

A mineradora aparece no cadastro como sendo de Ismael Ledovido de Arruda, a BR Ismael. Segundo o gerente nacional de mineração da ANM, Sérgio Carvalho Melo, em 2018, foi feita uma força tarefa no estado com a participação de técnico das cidades Brasília, Belo Horizonte e Salvador e foram constados que as barragens têm de médio risco a baixo risco. “Essa que foi interditada também para cumprir algumas exigências do manual de fiscalização de barragens. Em Mato Grosso, são 130 barragens e nem todas cadastradas, e foram fiscalizadas no ano passado em torno de 40 barragens”, explicou Melo em entrevista ao Jornal do Meio Dia (TV Vila Real).

Entretanto, o gerente coloca que a maioria das barragens no estado está em zona rural. Ele alerta que o risco está nas construções que as próprias empresas fazem próximo das barragens. “A maioria das barragens de Mato Grosso é de zona rural, são poucas as que estão próximas de zona urbana. E por outro lado, é uma questão preocupante, via de regra as empresas constroem as instalações antes da barragem, isso é um erro”.

BRUMADINHO

Na última sexta-feira (25), a barragem do Córrego do Feijão rompeu no município de Brumadinho em Minas Gerais. Mais de 60 mortos até o momento foram resgatados e ainda existe cerca de 300 desaparecidos.

Há três anos, também em Minas Gerais, no município de Mariana, a barragem de (Fundão) da mineradora Samarco, que é controlada pela Vale e pela BHP Billiton. Cerca de 19 pessoas morreram, e um até hoje está desaparecida.





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