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Terça - 29 de Janeiro de 2019 às 08:12
Por: Por Flávia Borges, G1 MT

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Onze trabalhadores em condição análoga a de escravo são resgatados no Pantanal de MS — Foto: Emerson Arce/TV Morena
Onze trabalhadores em condição análoga a de escravo são resgatados no Pantanal de MS — Foto: Emerson Arce/TV Morena

Confresa, a 1.160 km de Cuiabá, lidera o ranking de municípios brasileiros com maior índice de trabalhadores em regime de escravidão que foram regatados. Entre os anos de 2003 e 2018, 1.348 trabalhadores foram resgatados no município, conforme dados divulgados pelo Observatório Digital do Trabalho Escravo no Brasil.

No ranking nacional por municípios aparecem ainda Ulianópolis (PA), Brasilândia (MS), Campos dos Goytacazes (RJ) e São Desidério (BA) com o maior número de casos. Entre os estados, Mato Grosso aparece em segundo lugar no ranking do número de resgates, ficando atrás apenas do Pará e seguido por Goiás e Minas Gerais.

O total de resgates foi calculado com base em informações de beneficiários e não-beneficiários do seguro-desemprego modalidade trabalhador resgatado.

O total de egressos com naturalidade e residência declaradas foi calculado com base nos registros administrativos do seguro-desemprego nessa modalidade, isto é, restringe-se aos trabalhadores habilitados ao recebimento do benefício.

Entre janeiro e outubro do ano passado, fiscalizações do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) resgataram 128 trabalhadores em situação de trabalho escravo em Mato Grosso. Foram 50 casos a mais que nos 12 meses de 2017.

Os principais casos de trabalho escravo registrados em 2018 foram em áreas de pecuária, cultivo de café e plantio florestal.

O levantamento mostra ainda que 30,9% dos trabalhadores em condições análogas às de escravo são analfabetos e 37,8% possuem até o 5º ano incompleto.

A ferramenta foi desenvolvida pelo MPT em parceria com a Organização Internacional do Trabalho (OIT) e reúne de maneira integrada o conteúdo de diversos bancos de dados e relatórios governamentais sobre o tema.





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