Discurso inflamado
Botelho manda recado aos novatos e garante gestão transparente na AL Presidente "cortou" os parlamentares que, na última semana, criticaram medidas tomadas pela última legislatura

O presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Eduardo Botelho (DEM), usou seu discurso de posse para rebater os novatos Ulysses Moraes (DC) e Xuxu Dal Molin (PSC), que criticaram o processo eleitoral em modo secreto realizado na Casa e a aprovação do “pacotão” do governador Mauro Mendes, respectivamente. Os parlamentares foram empossados para a 19ª Legislatura na manhã desta sexta-feira (1º de fevereiro).

Ao discursar, Botelho afirmou que a Casa trabalha de forma transparente, publicando todos os seus atos nos sites de prestação de contas. “Hoje, deputado Xuxu, deputado Ulysses, aqui não tem nada por baixo do tapete nesta Assembleia. Nada! Tudo está nos portais, tudo está na Transparência. Aqui é transparência total!”, bradou, chegando a dar tapas na mesa da presidência.

E o presidente continuou: “Porque aqui não tem mais nada [escondido] nessa Assembleia hoje, ela é totalmente transparente! Não precisa perguntar o que foi pago, entra no Fiplan que vocês vão saber. Não precisa perguntar quem que está contratado na Assembleia, entra no Portal Transparência. Nossas licitações são compartilhadas com o Ministério Público e com o Governo. Essa Casa aqui, doutores, não tem mais nada debaixo dos tapetes. É tudo às claras. E vai continuar assim enquanto nós estivermos aqui”, finalizou.

Logo em seguida, Botelho retomou o discurso ameno, de que seu mandato como presidente será pautado na diversidade e em busca de proporcionar espaço a todos os outros 23 deputados, para que suas pautas sejam respeitadas e suas regiões atendidas pela Casa. “Aqui, todos tem o mesmo voto e os mesmos direitos. Defenderei igualmente a todos, inclusive os que não votaram na nossa chapa”, garantiu.

PROTESTO

Momentos antes, durante a votação pela Mesa Diretora, o deputado Ulysses chegou a protestar contra o voto secreto e revelou seu voto, de forma aberta. Ele foi vaiado pela população que acompanhava o processo.