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Quarta - 22 de Agosto de 2012 às 17:59

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A quarta pessoa a depor nesta quarta-feira (22) no julgamento do caso Grazielly, que morreu após ser atingida por uma moto aquática em Bertioga, no litoral de São Paulo, foi a tenente Roberta Lopes da Cruz Antônio, encarregada do inquérito administrativo da Marinha. Ela afirmou, em depoimento no Fórum de Bertioga, que cinco pessoas devem se responsabilizar administramente pelo acidente. Segundo ela, as investigações terminaram na última sexta-feira (17).

A Capitania dos Portos concluiu que cinco pessoas devem ser responsabilizadas administrativamente pelo acidente com a moto aquática, sendo estas pessoas a mãe do menor que pilotava o veículo, a madrinha e o padrinho do adolescente, por imprudência, o dono da marina e o mecânico, por imperícia. O relatório final da Marinha será encaminhado para o Tribunal Marítimo.

A audiência está sendo acompanhada pelos advogados de defesa dos três réus e dos advogados da família de Grazielly, além do promotor. Dos três acusados, apenas o dono da moto aquática não compareceu, e está representado pelos advogados. Os outros dois acusados, o dono da marina e o mecânico estão acompanhando os depoimentos.

11 pessoas vão prestar depoimento nesta quarta-feira. As duas testemunhas de acusação, a mãe da vítima e o perito, já foram escutadas pelo juiz. A testemunha que iria depor em Campinas, por carta precatória, mas veio até Bertioga, também já foi ouvida. Além da tenente da Marinha Roberta Lopes da Cruz Antônio. Sete testemunhas de defesa ainda vão prestar depoimento.

Neste primeiro momento serão colhidos os depoimentos das testemunhas de acusação. Depois, serão ouvidas as testemunhas das defesas, seja no Fórum ou em suas cidades, por cartas precatórias. Após isso, as testemunhas serão designadas a audiência de interrogatórios dos acusados, debates e julgamento. A previsão do juiz é que a sentença saia em março do ano que vem.

Acusados
A audiência desta quarta-feira (22) marca o início do julgamento de três pessoas que são acusadas de terem contribuído, de alguma forma, com o acidente que matou a menina Grazielly, de 3 anos, na praia de Guaratuba.

O padrinho do adolescente e proprietário da moto aquática, José Augusto Cardoso Filho, o mecânico Thiago Veloso Lins, proprietário da marina, e seu empregado Ailton Bispo de Oliveira, serão julgados por homicídio culposo, quando não há intenção de matar. O dono da marina e também o mecânico são acusados porque fizeram a manutenção no veículo mas, depois, a perícia constatou que havia um problema na moto aquática que não foi verificado nesta manutenção. Eles também são acusados de lesão corporal culposa porque, antes de atingir a menina, a moto aquática desgovernada acabou esbarrando em uma banhista que teve ferimentos pelo corpo.

O adolescente que acionou a moto aquática também foi responsabilizado pelo acidente mas o caso corre em segredo de Justiça por se tratar d eum menor de idade. O advogado contratado pela família, José Beraldo, oficializou no mês de maio o pedido de indenização em R$ 12,4 milhões para a família da menina Grazielly.

Caso

O acidente aconteceu no sábado de carnaval deste ano, na Praia de Guaratuba, em Bertioga. Segundo testemunhas, um adolescente de 13 anos pilotava a moto aquática em alta velocidade. O veículo atingiu a menina, que brincava na beira d’água perto da mãe. A menina foi socorrida pelo helicóptero da Polícia Militar, mas já chegou sem vida ao Hospital Municipal de Bertioga.  O corpo de Grazielly foi enterrado em Artur Nogueira, no interior de São Paulo, cidade onde a criança morava com os pais. A garota havia chegado ao litoral um dia antes do acidente junto com um grupo de dez pessoas, entre familiares e amigos.






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