Seu bolso
Como baratear o seguro do carro Filtrar as ofertas das seguradoras, personalizando o plano contratado, pode garantir proteção e segurança com economia
Além de insegurança e temor por roubos e furtos de veículos, os proprietários de carros precisam precaver-se contra danos e acidentes, o que torna a contratação de um plano de seguro imprescindível nos dias de hoje. Contudo, os valores podem pesar no bolso, especialmente de determinados tipos de clientes.
“O preço é aplicado de acordo com o perfil do segurado, traçado após ele responder uma série de questionamentos, como idade, sexo, local principal de circulação do veículo e local de pernoite. Conforme a região, a taxa pode ser agravada”, explica Ricardo Pansera, corretor de seguros.
As seguradoras também verificam se o indivíduo tem problemas financeiros ou com a Justiça antes de fixar o valor. Conforme Pansera, os atuários entendem que pessoas nessas situações estão mais suscetíveis a acidentes, pois ficam mais desatentas. Portanto, pode haver reajuste no preço final. Jovens na faixa dos 18 aos 25 anos também pagam mais caro em função dois aspectos destacados pelo presidente do Sincor: estatísticas dizem que os jovens economizam em garagem e saem mais à noite, então, o risco da seguradora aumenta.
Para pessoas que não se enquadram nessas descrições, a dica é filtrar cada vez mais as ofertas das seguradoras, personalizando o plano. Porém, há alguns itens considerados de suma importância que não devem ser deixados de fora.
“Hoje, os fatores que mais impactam são roubo e contra terceiros, como danos materiais ou corporais, que cobrem um valor alto”, avalia Giovani Menger, do grupo de suporte do Sindicato das Seguradoras.
Segundo especialistas, há algumas medidas que o consumidor pode tomar na hora de contratar o serviço na tentativa de reduzir o custo do seguro e evitar surpresas na hora que mais precisar. Uma delas é pedir o máximo de cotações possíveis ao corretor. Avalie o que realmente é necessário para o seu perfil de uso do veículo e peça ajuda para o profissional montar um plano personalizado para o seu tipo de uso.
“Um seguro pode custar R$ 1,5 mil em uma seguradora e R$ 4 mil na outra”, explica Menger.
Caso a família tenha mais de um veículo, outra alternativa é dispensar o carro reserva, sugere Pansera. Com isso, um seguro a menos já garante uma folha no orçamento familiar.
Cada vez mais personalizados, os seguros podem excluir proteção de vidros, espelhos, lanternas e outros itens. Assim, se o carro só fica guardado em casa ou no trabalho, é possível optar por um seguro só para colisão.
“Também há seguradoras que oferecem cobertura de guincho para um raio ilimitado, mas se a pessoa circula pouco, pode tirar”, orienta Menger.
A Tabela Fipe, criada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, é a principal referência no mercado de carros usados e seminovos, e usada como base para contratos e seguros. Então, escolha o valor da tabela Fipe que pretende pagar.
“Pode-se contratar 100%, 115%. Se quiser economizar, pode fazer até 80% da tabela. Porém, é preciso estar ciente de que, se a cobertura não for de 100%, o valor de reposição também não será”, diz Pansera.
Por fim, ele recomenda a instalação de rastreador por satélite, o que pode ajudar a baixar o preço final, e procurar descontos, já que algumas seguradoras já oferecem um bônus para os considerados bons motoristas.
Comentários