Abacaxi sobre trilhos
Mendes diz que VLT é "problemaço" e mantém promessa de solução Governador começa a estudar questão com equipe restrita e admite até mesmo descartar o modal
O governador Mauro Mendes (DEM) se disse pronto para debruçar sobre a questão do Veículo Leve sobre Trilhos, um abacaxi que passou pelas gestões de Silval Barbosa e Pedro Taques, já sugou mais de R$ 1 bilhão dos cofres públicos e que continua sem solução.
Nos próximos dias, Mendes fará a primeira reunião, com uma equipe restrita, para discutir o modal, que ele classifica como um "problemaço".
Segundo apurou o MidiaNews, o Governo considera um ponto positivo a questão estar judicializada, desde que Silval citou, em delação ao STF (Supremo Tribunal Federal), pagamento de propinas em várias fases da obra.
Dei minha palavra e vou cumprí-la: até o final do ano encontro a solução para esse problema
Isso, segundo Mendes, dá uma vantagem em uma eventual renegociação com o consórcio que venceu a licitação para tocar o projeto.
Em dezembro de 2017, o Governo rompeu o contrato com as empresas CR Almeida, Santa Bárbara, CAF Brasil Indústria e Comércio, Magna Engenharia e Astep Engenharia, que formam o Consórcio VLT) e anunciou estudos para uma nova licitação, o que não aconteceu.
Um ano
Mendes, agora, analisa as possibilidades de uma nova licitação, a retomada do contrato e até mesmo uma PPP (Parceria Público Privada).
"Dei minha palavra e vou cumprí-la: até o final do ano encontro a solução para esse problema", disse o governador, recentemente, a interlocutores no Palácio Paiaguás.
Os problemas, segundo ele, não estão apenas relacionados à obra e conclusão do VLT. Para ele funcionar, o Governo precisará subsidiar as passagens aos usuários.
"Por baixo, serão R$ 50 milhões por ano para este subsídio. Mas temos que encarar o problema e avançar nesses estudos. Encontraremos a solução: seja tocar a obra ou anunciar que o VLT não tem viabilidade para Mato Grosso", disse.
"Se a decisão for essa [última], definiremos o que fazer com a estrutura que foi feita e com os vagões comprados", completou.
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