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Quarta - 27 de Março de 2019 às 16:59
Por: Camila Ribeiro/Mídia News

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Alair Ribeiro/MidiaNews
Agentes da Delegacia Fazendária durante cumprimento de mandados da Operação Sangria
Agentes da Delegacia Fazendária durante cumprimento de mandados da Operação Sangria

Pelo menos R$ 14 milhões desviados de um esquema de fraudes em licitações na área de Saúde podem ter alimentado campanhas eleitorais de pelo menos dez candidatos que disputaram as eleições de 2018 em Mato Grosso.

Um dos suspeitos teria sido eleito para deputado federal. Mais: o dinheiro desviado não era depositado em nenhuma conta bancária, mas sim guardado em uma suíte de motel em Cuiabá, na Avenida Beira Rio, para não deixar pistas.

A trama, segundo fonte do MidiaNews, está relacionada à uma delação premiada feita por um dos alvos da Operação Sangria, da Polícia Civil.

Em duas fases, deflagradas em dezembro do ano passado, a operação desbaratou um esquema de fraudes em licitações e contratos das empresas Proclin, Qualycare e Prox Participações, firmados com o município de Cuiabá e o Estado.

O delator, que atuou na Prefeitura de Cuiabá, deu detalhes sobre como o grupo suspeito operava o esquema, e quem eram seus principais beneficiados.

Um núcleo da organização criminosa investia dinheiro em políticos com mandatos e em campanhas eleitorais, com o objetivo de fortalecer a organização.

Durante a operação, a Delegacia Fazendária prendeu oito suspeitos: o ex-secretário de Saúde de Cuiabá, Huark Douglas Correia; um de seus sócios na ProClin, Luciano Correa Ribeiro; e Fábio Liberali Weissheimer.

Também foram presos Adriano Luiz Sousa, Kedna Iracema Fonteneli Servo, Celita Liberali, Fábio Alex Taques e Flávio Alexandre Taques da Silva, que ficou foragido e depois se entregou. Todos estão em liberdade.

Eles são réus em ação que tramita na 7ª Vara Criminal de Cuiabá, acusados de fraudes em licitação, organização criminosa e corrupção ativa e passiva. O esquema, segundo as investigações, perdurou durante 14 anos.





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