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Quinta - 28 de Março de 2019 às 10:46
Por: Lucas Bólico/Olhar Direto

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Líder do Bloco Parlamentar Vanguarda, o senador Wellington Fagundes (PR) não escondeu a decepção com a fala do ministro da Economia, Paulo Guedes, durante audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, nesta quarta-feira (27). O braço direito do presidente Jair Bolsonaro (PSL) deu como definidos os valores da Lei Kandir, que trata da compensação aos Estados exportadores de produtos primários e semielaborados. A fala de Guedes desagradou mais congressistas e deve provocar celeridade na tramitação de projeto de lei que altera a compensação feita pela União aos Estados. O relator do projeto é o Fagundes, que defende compensação de R$ 39 bilhões.

"Nós esperávamos que o ministro falasse sobre a Lei Kandir. E, para nossa decepção, praticamente não disse nada. Disse que está tudo resolvido porque hoje o pagamento é de R$ 1,9 bilhão da Lei Kandir, mais R$ 1,9 bilhão do Fundo de Compensação das Exportações (FEX) e que ele, agora, ia acertar por R$ 4 bilhões e estava tudo resolvido. Claro que não é isso", criticou o senador mato-grossense. Segundo ele, a compensação que seria mais justa ao 'esforço de exportação' dos Estados e municípios é de R$ 39 bilhões.

O projeto de lei complementar 511/2018, relatado pelo senador Wellington Fagundes na Comissão Especial Mista do Congresso Nacional, deverá entrar em votação na Câmara dos Deputados já na semana que vem.

Vice-líder da Frente Parlamentar Mista em Defesa do Municipalismo, Wellington relatou que na última terça-feira (26) esteve reunido com o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), acompanhado do presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM) e líderes municipalistas, além de deputados e outros senadores. Maia, segundo Fagundes, assumiu o compromisso de colocar em pauta o relatório na semana que vem.

Em plenário, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP) confirmou que colocará em votação o projeto de Lei Complementar relatado por Fagundes tão logo seja votado pela Câmara. "Nos comprometemos a fazer do Senado da República um instrumento para vocalizar os anseios dos Municípios brasileiros", disse o democrata.

Ao se dirigir aos demais senadores em plenário, Fagundes pediu apoio para aprovação do projeto aprovado pela Comissão Especial Mista do Congresso Nacional, destacando que "Pacto Federativo se faz, na verdade, com distribuição de renda, fazendo com que os municípios e os Estados tenham uma compensação justa".

Paulo Guedes foi convidado pela CAE para fazer a apresentação das diretrizes e os programas prioritários da sua pasta no governo do presidente Jair Bolsonaro. Na pauta também estavam previstos debates sobre o endividamento dos Estados brasileiros e os repasses da Lei Kandir.

PEC do Orçamento

Líder do Bloco Parlamentar Vanguarda, formado por senadores do Democratas, PSC e PR, Fagundes também manifestou apoio à Proposta de Emenda à Constituição (PEC 34/2019), que determina a execução obrigatória de emendas parlamentares de bancada. O projeto chegou ao Senado após aprovação na Câmara dos Deputados na última terça-feira (26). Se depender dos senadores, a PEC terá uma rápida tramitação no Senado.

Pela regra atual, as emendas individuais já são consideradas impositivas. A PEC estende a obrigatoriedade de execução às sugestões de gastos apresentadas por bancadas estaduais. Devem ser executadas emendas destinadas a obras e equipamentos até o limite de 1% da receita corrente líquida (RCL) do ano anterior.





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