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Quinta - 28 de Março de 2019 às 16:47
Por: Joanice de Deus/Diário de Cuiabá

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As notificações de acidentes envolvendo animais peçonhentos têm sido expressivas em Cuiabá. Somente em 2018, a capital registrou 355 ocorrências entre moradores da cidade e de outros municípios do interior de Mato Grosso. Do total, 173 foram em residentes da capital, quantidade que representa uma incidência de 28,49 por 100 mil habitantes. A maioria dos ataques foi provocada por escorpiões (55,50%).

Dados da epidemiológicos da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), mostram que os ataques contabilizados no ano passado cresceram 31% se comparado a 2014, quando ocorreram um total de 271 casos. Porém, é menor (22.5%) que, em 2017, com 453 registros, e 2016, com 462 notificações.

Levando-se em consideração o sexo, a diferença dos ataques envolvendo homens e mulheres chega a ser pequena. Em 2018, por exemplo, as principais vítimas foram pessoas do sexo feminino (50,29%). Já em 2017, a maioria (52,32%) foi do sexo masculino. Não houve óbitos, com os casos evoluindo para cura (93,06%). A maioria dos casos ocorreu na área urbana (77,45%). O restante na rural (19,65%), além de locais considerados periurbanos ou ignorados.

Quanto a idade, os ataques ocorrem principalmente dos 20 aos 29 anos e dos 30 aos 39, faixa etária que responderam, cada uma, por 19,07% dos acidentes registrados no ano passado. Ainda, conforme o levantamento, os escorpiões foram responsáveis por 55,50% dos acidentes, seguido das serpentes (17,92%), aranhas (11,56%), abelhas (2,31%), lagartas (11,15%), entre outros (8,10%) ou ignorados (3,46%). Entre as serpentes, 51,61% dos ataques foram por jararacas e 3,22% por cascavéis.

De acordo com informações do Ministério da Saúde (MS), animais peçonhentos são aqueles que produzem peçonha (veneno) e têm condições naturais para injetá-la em presas ou predadores. Essa condição é dada naturalmente por meio de dentes modificados, aguilhão, ferrão, quelíceras, cerdas urticantes, nematocistos entre outros.

O risco pode ser reduzido tomando algumas medidas gerais e bastante simples para prevenção, como usar calçados e luvas nas atividades rurais e de jardinagem; examinar calçados, roupas pessoais, de cama e banho, antes de usá-las; não acumular entulhos e materiais de construção; vedar frestas e buracos em paredes, assoalhos, forros e rodapés; utilizar telas, vedantes ou sacos de areia em portas, janelas e ralos e manter limpos os locais próximos das casas, jardins, quintais, paióis e celeiros.

Em caso de acidente procure atendimento médico imediatamente e informe ao profissional de saúde o máximo possível de características do animal, como o tipo de animal, cor e tamanho, entre outras. Se possível, e caso tal ação não atrase a ida do paciente ao atendimento médico, lave o local da picada com água e sabão (exceto em acidentes por águas-vivas ou caravelas), mantenha a vítima em repouso e com o membro acometido elevado até a chegada ao pronto socorro.

Caso o ataque tenha sido nas extremidades do corpo, como braços, mãos, pernas e pés, retire acessórios que possam levar à piora do quadro clínico, como anéis, fitas amarradas e calçados apertados. E, também é importante, não amarrar (torniquete) o membro acometido e, muito menos, corte e/ou aplique qualquer tipo de substancia (pó de café, álcool, entre outros) no local da picada.





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