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Saúde
Quarta - 22 de Agosto de 2012 às 07:28

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O Governo do Estado lançou a campanha Mato Grosso sem Fumaça com intuito de  protegar o meio ambiente e também a saúde da população exposta aos poluentes atmosféricos que contribuem diretamente para o aumento no número de internações por doenças do aparelho respiratório. Segundo o biólogo Wagner Luiz Peres, técnico do Programa Vigiar/ MT da Secretaria de Estado de Saúde, o monitoramento de poluentes Material Particulado (PM 2,5), Monóxido de Carbono (dados do CPTEC/INPE) e internações por doenças aparelho respiratório vem sendo realizado desde 2007 e intensificado principalmente nesse período de queimadas.

Boletim Vigiar que monitora a qualidade do ar em todo o Estado é emitido 2 vezes por semana e disponibilizado pelo endereço http://saude.mt.gov.br, além de ser enviado para as 16 regionais de saúde. Para Wagner Peres, o boletim é importante tendo em vista que disponibiliza dados de poluentes nos 141 municípios e orienta a população quanto aos principais cuidados a serem tomados, tanto com a saúde quanto com o meio ambiente. Em paralelo, o mesmo trabalho é realizado pelas Regionais de Saúde que monitoram a qualidade do ar dos seus respectivos municípios de abrangência.

Wagner Peres lembrou que “a SES coloca à disposição dos gestores municipais de saúde e da população informações referentes à qualidade do ar em cada um dos 141 municípios e que é importante que essas informações e os cuidados com a saúde sejam repassados à população para que ela fique instruída quanto às melhores formas de proteger a sua saúde em situações em que os níveis de Monóxido de Carbono e Material Particulado podem prejudicar a qualidade de vida dos moradores de Mato Grosso”.

A Saúde do Estado reforça, também, os alertas dados pela Defesa Civil de Mato Grosso (DC/MT) quanto à atenção aos indicadores da qualidade do ar e quanto ao índice de Umidade Relativa do Ar que, segundo a DC/MT, continua abaixo de 20%, quando o recomendável é de 80 a 90%. A população deve evitar a prática de exercícios físicos a ar livre entre 10h e 16h e tomar medidas para umidificar o ambiente, através de vaporizadores, toalhas molhadas, recipientes com água dentro dos aposentos e regar os jardins duas vezes por dia.

Sempre que possível, as pessoas devem aumentar a ingestão de líquidos, trajar roupas leves, fazer refeições leves, evitar banhos mornos ou quentes e o uso excessivo de sabonete (com o objetivo de não prejudicar a oleosidade natural da pele). Também é recomendável suprimir exercícios físicos e trabalhos ao ar livre entre 10h e 16h, evitar aglomerações em ambientes fechados e procurar ajuda médica caso olhos e narinas apresentarem irritação.

A SES vem desenvolvendo outras atividades no Estado, a exemplo do Projeto de Biomonitoramento, em cooperação técnica com o Instituto Nacional de Análise Integrada de Risco Ambiental – Inaira (MS/MCT/USP/CNPq) que apontou no município de Mirassol D’Oeste que as internações por doenças respiratórias podem estar relacionadas à queima de biomassa.

O biólogo destaca ainda que outros estudos vêm sendo realizados em diversos municípios, sendo o mais recente apresentado como conclusão do curso de Especialização em Saúde da Família, promovido pela Escola de Saúde de Mato Grosso (ESPMT), em que a aluna/enfermeira Luana Leão Santos apresentou estudos referentes aos poluentes atmosféricos e a relação com o incremento de doenças respiratórias no município de Confresa (1.160 Km a nordeste de Cuiabá)





Fonte: DO GD

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