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Sexta - 12 de Abril de 2019 às 15:34
Por: Diego Frederici/Folha Max

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Os advogados da Qualicare e da Pró-Clin – empresas investigadas por uma suposta fraude de R$ 14,6 milhões na Secretaria Municipal de Saúde de Cuiabá, investigadas na operação “Sangria” -, negaram que os médicos e diretores das organizações estão negociando um acordo de colaboração premiada com o Ministério Público do Estado (MP-MT). Huark Douglas Correia, Fábio Liberali Weissheime e Luciano Correa Ribeiro, todos ligados às empresas, foram presos novamente no dia 30 de março de 2019.

Em nota distribuída na tarde desta sexta-feira (12), a assessoria jurídica do grupo – que presta serviços de saúde, entre eles, a gestão hospitalar e o fornecimento de ambulâncias que dispõe de UTI móvel -, nega que o trio esteja disposto a “entregar o esquema”.

“A respeito das notícias divulgadas na imprensa sobre suposta negociação de colaboração premiada por parte dos médicos e outros funcionários das empresas Qualicare e Pró-Clin , a assessoria jurídica esclarece que inexiste qualquer tratativa nesse sentido”, diz a nota.

O trio de suspeitos chegou a ser preso em dezembro de 2018 ao lado dos também indiciados Flávio Taques, Kednia Iracema Servo, Celita Natalina Liberali, Adriano Luis Alves de Souza e Fábio Taques Figueireiro, mas foram soltos no mesmo mês. Entretanto, em março de 2019, todos eles foram novamente presos, e igualmente já se encontram em liberdade – com exceção de Huark Douglas, Fábio Liberali e Luciano Correa, que ainda continuam detidos.

Os indícios de um possível acordo de colaboração premiada ficaram mais fortes após Fábio Liberali e Luciano Correa desistirem dos habeas corpus que tramitavam no Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJ-MT), que pediam a liberdade dos médicos. Também circulou na imprensa boatos de que o ex-secretário Huark Douglas estaria disposto a “entregar” o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (MDB).

SANGRIA

A operação “Sangria” teve sua primeira fase deflagrada no dia 4 de dezembro de 2018. As investigações apuram supostas irregularidades em contratos firmados com a Empresa Cuiabana de Saúde Pública (Ecusp), ligada à prefeitura de Cuiabá, com empresas que já tiveram como representante o ex-secretário de saúde da Capital, Huark Douglas Correia. Ele foi preso na 2ª fase da operação, ocorrida no dia 18 de dezembro de 2018.

Além de Huark, foram presos Fábio Liberali Weissheimer, Fábio Alex Taques Figueiredo, Celita Natalina Liberali, Kedna Iracema Fontenele Servo Gouvêa, Adriano Luis Alves de Souza e Luciano Correia Ribeiro, além de Flávio Taques. Todos já se encontram fora da prisão – exceto Huark, Fábio e Luciano.

A Empresa Cuiabana de Saúde Pública foi a escolhida para realizar a administração do novo Pronto Socorro Municipal de Cuiabá, inaugurado em Cuiabá no dia 28 de dezembro de 2018. O modelo de gestão escolhido pela prefeitura municipal para “tocar” a nova unidade de saúde, entretanto, vem chamando a atenção dos órgãos de controle estadual e federal.

A Empresa Cuiabana é investigada após a realização de pagamentos superiores a R$ 14,6 milhões a empresas privadas, que prestam serviço a organização ligada a prefeitura da Capital, e que por sua vez já tiveram como representante o ex-secretário municipal de saúde de Cuiabá, Huark Douglas Correia.

Além do Poder Judiciário, o negócio entre a prefeitura de Cuiabá e a Ecusp também é alvo do Tribunal de Contas do Estado (TCE-MT). O Pleno do órgão homologou no dia 19 de dezembro de 2018 uma medida cautelar, de autoria da conselheira interina Jaqueline Jacobsen, suspendendo a transferência da gestão do novo Pronto Socorro de Cuiabá para a Empresa Cuiabana de Saúde Pública. A organização, criada em 2013 durante a gestão Mauro Mendes (DEM), também é investigada pela Procuradoria-Geral da República.





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