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Quinta - 25 de Abril de 2019 às 10:44
Por: Tarley Carvalho/Folha Max

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A Polícia Federal (PF) cumpriu, na manhã desta quinta-feira (25), um mandado de busca e apreensão na Secretaria de Estado de Meio Ambiente (SEMA). A ação faz parte da "Operação Arquimedes", deflagrada nesta manhã pela PF em oito estados brasileiros, entre eles o Mato Grosso, para desbaratar um esquema de extração ilegal de madeiras na Amazônia legal. Este é o único alvo da PF em Mato Grosso.

De acordo com a assessoria de imprensa da PF, ainda não há levantamento sobre os danos ambientais e financeiros causados pela extração ilegal de madeira em toda a área abrangida pela operação.

A "Arquimedes" foi deflagrada pela PF nesta manhã, com o apoio do Ministério Público Federal (MPF). As investigações apontam para um esquema de corrupção envolvendo servidores de órgãos ambientais estaduais, entre eles a SEMA/MT, engenheiros florestais, detentores de planos de manejo e proprietários de empresas madeireiras.

No total, a PF cumpre nos oitos estados 23 mandados de prisão preventiva, seis de prisão temporária e 109 de busca e apreensão. A operação também resultou no bloqueio de R$ 50 milhões de empresas investigadas. Outras 18 medidas cautelares, ainda não especificadas, estão sendo aplicadas.

As investigações estão sendo conduzidas de duas formas: a primeira atua na apuração dos crimes ambientais, a extração, exploração e comércio ilegais de madeira; já a segunda apura a corrupção envolvendo agentes públicos, engenheiros e empresários.

Em 2017, a Polícia Federal deflagrou a primeira etapa da operação, que durou 30 dias e apreendeu mais de 444 contêineres no porto de Manaus. Eles estavam carregados com cerca de 8.000 m³ de madeira em tora, cujos documentos estavam irregulares. O conteúdo era equivalente a 1.500 km, equivalente à distância entre Cuiabá e São Paulo.

A carga pertencia a mais de 60 empresas madeireiras e seria destinada ao uso doméstico e internacional. No total, a PF encontrou 140 contêineres que seriam exportados para a América do Norte, Ásia e Europa.

Os alvos da operação serão indiciados pelos crimes de falsidade ideológica no sistema DOF (Documento de Origem Florestal), falsidade documental nos processos de concessão e fiscalização de PMFS (Plano de Manejo Florestal Sustentável), extração e comércio ilegal de madeira, lavagem de bens, direitos e valores, corrupção ativa e passiva e de constituição de organização criminosa.





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