Estado foi o que mais expandiu produção no Centro-Oeste nessa safra
A produção de cana-de-açúcar aumentou 7,7% em Mato Grosso na comparação entre as safras 2017/18 e 2018/19. Com o avanço anual, o Estado é o que mais amplia a oferta do produto no Centro-Oeste no atual ciclo e ainda vai à contramão das estimativas do país, que apontam para perdas de 1,3%.
Se as projeções divulgadas hoje, pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), se confirmarem, a oferta da cana em Mato Grosso vai somar 17,34 milhões de toneladas contra 16,10 milhões da safra anterior. Em números absolutos, o Estado fecha o ciclo como o sexto maior produtor nacional, atrás de São Paulo (332,90 milhões t), Goiás (70 milhões t), Minas Gerais (65,22 milhões t), Mato Grosso do Sul (49,50 milhões t) e Paraná (35,50 milhões t).
O crescimento apontado nesse quarto levantamento sobre a cana-de-açúcar está alicerçado no ganho de produtividade e não somente no incremento de área plantada. Mato Grosso aumentou em 0,9% a superfície cultivada, saindo de 226,9 mil hectares para 228,9 mil hectares (ha). Já em relação ao rendimento da cana, a estimativa da Conab é de uma média de 75,78 mil/quilos/ha, ou, 6,8% acima do registrado na safra passada que foi de 70,97 mil/quilos/ha. Essa diferença positiva reflete o clima adequado e os investimentos realizados pelos produtores.
Em uma análise nacional, a produtividade estadual se destaca pelo crescimento. A produtividade média estimada para a temporada 2018/19, no país, foi de 72,78 kg/ha, valor 0,3% maior que os 72,54 kg/ha obtidos na safra 2017/18. O clima que se apresentou na região Nordeste influenciou para uma produtividade maior que na safra passada, mesmo com a região Centro-Sul sofrendo com uma estiagem no meio do ano, assim como altas temperaturas, o que acelerou a maturação e acarretou em baixo crescimento e falta de peso dos colmos. O envelhecimento das lavouras, a baixa taxa de renovação, a falta de investimento em algumas regiões e a redução do pacote tecnológico têm mantido as médias brasileiras inferiores a 80 mil kg/ha. A introdução da colheita mecanizada também exerceu influência na redução da produtividade nas últimas safras, principalmente porque as lavouras não estavam sistematizadas para esse tipo de colheita, gerando pisoteio e outros danos. (MP)
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