Efeito Mensalão pode decretar fim à trajetória política do cacique Henry
Durante este período, Henry oscilou entre o céu e o inferno. A denúncia de envolvimento no caso do Mensalão o tirou da condição de parlamentar influente, que chegou a ser convidado ao cargo de Ministro dos Esportes na gestão Lula (PT). À época, só não integrou no primeiro escalão do governo federal porque a cúpula do PP não era unanime sobre seu nome.
Hoje Henry está no banco dos réus respondendo às acusações de corrupção passiva, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. Um processo para cassação de seu mandato na Câmara Federal chegou a ser apreciado. Do julgamento dos colegas de Parlamento ele saiu inocentado, mas ainda responde junto ao Supremo Tribunal Federal (STF). A suspeita é que ele, então líder do PP na Câmara, e os deputados José Janene (PP/PR) e Pedro Corrêa (PP/PE) receberam, entre 2003 e 2004, R$ 2,9 milhões que deveriam ser distribuídos entre os parlamentares da legenda para votarem a favor do governo.
Embora desgastado, Henry ainda é um exímio articulador político e não foge dos enfrentamentos. A postura, em certos casos, contribuiu para seu isolamento. Se distanciou, por exemplo, do presidente da Assembleia, José Riva, que deixou o PP para fundar em Mato Grosso o PSD. Por outro lado, isso lhe abriu espaço para se consagrar o único cacique da legenda que preside no Estado.
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