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Terça - 21 de Agosto de 2012 às 09:43
Por: Laura Nabuco

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     Um dos 38 réus do processo do Mensalão, o deputado federal Pedro Henry (PP) está prestes a ter o futuro político definido: se para o calvário, com uma possível condenação, ou para uma situação menos traumática, no caso de absolvição. Se for condenado, o cacique político sairá de vez da vida pública após uma trajetória em que foi vice-prefeito de Cáceres, deputado federal, presidente da Sanecap e secretário estadual de Saúde.

 

     Durante este período, Henry oscilou entre o céu e o inferno. A denúncia de envolvimento no caso do Mensalão o tirou da condição de parlamentar influente, que chegou a ser convidado ao cargo de Ministro dos Esportes na gestão Lula (PT). À época, só não integrou no primeiro escalão do governo federal porque a cúpula do PP não era unanime sobre seu nome.

     Hoje Henry está no banco dos réus respondendo às acusações de corrupção passiva, formação de quadrilha e lavagem de dinheiro. Um processo para cassação de seu mandato na Câmara Federal chegou a ser apreciado. Do julgamento dos colegas de Parlamento ele saiu inocentado, mas ainda responde junto ao Supremo Tribunal Federal (STF). A suspeita é que ele, então líder do PP na Câmara, e os deputados José Janene (PP/PR) e Pedro Corrêa (PP/PE) receberam, entre 2003 e 2004, R$ 2,9 milhões que deveriam ser distribuídos entre os parlamentares da legenda para votarem a favor do governo.

     Embora desgastado, Henry ainda é um exímio articulador político e não foge dos enfrentamentos. A postura, em certos casos, contribuiu para seu isolamento. Se distanciou, por exemplo, do presidente da Assembleia, José Riva, que deixou o PP para fundar em Mato Grosso o PSD. Por outro lado, isso lhe abriu espaço para se consagrar o único cacique da legenda que preside no Estado.





Fonte: RDNEWS

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