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Policia MT
Terça - 21 de Agosto de 2012 às 08:33
Por: Laura Nabuco

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Após quase um ano de desemprego por ter ficha criminal, Jando dos Santos Moraes, 40 anos, prestou queixa na Corregedoria da Polícia Militar ontem. Ele diz ter sido preso injustamente sob acusação de assalto a um carro-forte em junho de 2011.

À época segurança de um supermercado, ele afirma ter sido confundido com o profissional que fazia a segurança do veículo roubado e era suspeito de facilitar a ação dos bandidos. Ele conta que foi abordado nas proximidades da Rodoviária de Cuiabá, onde o crime ocorreu, quando ia se encontrar com o filho.

“Eu nem sabia que tinha acontecido um assalto. A tenente e um cabo chegaram em duas viaturas da Rotam e me prenderam. No Cisc, depois de já ter me apresentado aos jornalistas, ela percebeu que estava errada, mas daí achou que não tinha como voltar atrás”, relata.

Moraes acusa a tenente de ter forjado um Boletim de Ocorrência em que o identificava como usuário de drogas e um dos envolvidos no assalto, mesmo após constatar que se tratava de um engano. O resultado foram três meses de detenção na Penitenciária Central do Estado (PCE).

“Fui demitido por justa causa e ainda tive que vender minha casa para pagar um advogado porque, se dependesse de um defensor público, corria o risco de estar preso até hoje. O advogado particular demorou três meses para me tirar de lá porque diziam que tinha um mandado de prisão preventiva contra mim”, reclama.

Moraes saiu do presídio em setembro de 2011 e, desde então, diz não ter conseguido outro emprego. Além de ser fichado criminalmente, ele acabou identificado como um dos bandidos por vários veículos de comunicação que cobriram o episódio na época.

O segurança desempregado ainda diz ter sido espancado pelo cabo. Ele afirma que só não prestou queixa antes porque membros da sua família, que fazem parte da corporação da PM, o avisara para ter cuidado com o cabo e a tenente acusados.

“Tenho um tio e amigos policiais que me disseram que eles são perigosos, que podia acontecer alguma coisa comigo. Mas depois de tanto tempo, prefiro correr o risco. Se acontecer alguma coisa então vai ser porque eu falei a verdade”, diz.

A reportagem do Diário de Cuiabá entrou em contato com a Corregedoria da PM e foi informada que o procedimento padrão em casos de relatos de abuso policial é a instauração de uma sindicância ou inquérito policial pelo comandante do batalhão em que os policiais acusados estão lotados. As investigações são baseadas no depoimento da vítima.




Fonte: DO DC

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