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Segunda - 03 de Junho de 2019 às 07:33
Por: Thaiza Assunção/Mídia News

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Rogério Florentino/Olhar Direto/Alair RIbeiro/MidiaNews
Frederico Müller Coutinho e João Arcanjo Ribeiro, apontados pela Polícia Civil como líderes das organizações Ello e Colibri, respectivamente
Frederico Müller Coutinho e João Arcanjo Ribeiro, apontados pela Polícia Civil como líderes das organizações Ello e Colibri, respectivamente

A decisão do juiz Jorge Luiz Tadeu, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá - que determinou a prisão de 33 suspeitos de envolvimento com o "jogo do bicho" em Mato Grosso - detalha a função que cada um dos alvos desempenhava nas organizações investigadas na Operação Mantus, deflagrada pela Polícia Civil na última quarta-feira (29).

A operação investigou dois grupos que, segundo o inquérito, disputavam entre si o comando do jogo do bicho em Mato Grosso.

De acordo com a decisão, uma das organizações seria liderada por João Arcanjo Ribeiro e seu genro Giovanni Zem Rodrigues; já o grupo rival seria liderado pelo empresário Frederico Müller Coutinho.

Em um ano, os dois grupos movimentaram mais de R$ 20 milhões.

Conforme a decisão, a organização que estaria sob comando de Arcanjo e Giovanni, denominada “Colibri”, possuía 11 membros, todos de extrema confiança do bicheiro.

Veja fac-símile do organograma da Colibri, que consta na decisão:

Colibri

Forma como o grupo Colibri seria estruturado

Noroel Braz Costa Filho exerceria a função de braço armado do grupo. Segundo a decisão, ele já estaria “no sistema há mais de 30 anos”.

"O modus operandi relatado neste diálogo, especialmente pelas palavrar de Noroel, confirma as declarações prestadas por Fábio Pilz de Oliveira, que foi sequestrado em Juara possivelmente por membros da organização Colibri. Observe-se que, à autoridade policial, a vítima afirmou que 'até pouco tempo atrás , somente a empresa Colibri, representada por Arcanjo, atuava no Estado de Mato Grosso' e que 'os indivíduos diziam o tempo todo que Mato Grosso tinha dono', as mesmas palavras ditas por Noroel", diz trecho da decisão.

Mariano Oliveira da Silva desempenharia o cargo de gerente de Sinop e outras cidades da região Norte, respondendo hierarquicamente aos líderes em Cuiabá. Ele ainda contaria com um assessor, identificado como Aldemar Ferreira da Silva.

Sebastião Francisco da Silva, vulgo “Coco” ou “Tião”, seria responsável pela atividade delitiva da organização em Juara; Marcelo Gomes Honorato exerceria a função de recolhedor e suporte às máquinas de apostas e suprimentos para o Estado inteiro e contaria com a ajuda de Valnecir Nunes Inério, vulgo “Badeco”.

Ainda conforme a decisão, Agnaldo Gomes Azevedo responderia pelo cargo de gerente em Tangará da Serra; Paulo Cesar Martins atuaria como responsável pelo funcionamento das máquinas e pelo recolhimento de dinheiro em algumas regiões de Cuiabá, tendo como seus subordinados os filhos Breno Cesar Martins e Bruno Cesar Aristides Martins.

Augusto Matias Cruz seria o supervisor e recolhedor e José Carlos de Freitas, vulgo “Freitas”, ocuparia a função de gerente em Cáceres.

Veja o papel que seria desempenhado por cada um no grupo Colibri, conforme a decisão:

colibri

FMC Ello

A organização que seria liderada por Frederico Muller, denominada “FMC Ello”, por sua vez, também era bem estruturada, com organograma similar ao de uma empresa regular. No total, conforme a decisão, ele contaria com 19 "funcionários".

Indineia Moraes Silva, vulgo “Jones”, é que exerceria a função de gerente financeira da organização, sendo responsável pelo caixa do Estado inteiro, com atribuição de controlar o recolhimento das arrecadações das apostas realizadas e a movimentação financeira. Ela contaria com uma assessora, Madeleinne Geremias de Barros.

Conforme a decisão, Dennis Rodrigues de Vasconcelos, vulgo "James", atuaria como gerente comercial da organização criminosa e ocupava a mesma posição hierárquica que Indinéia, permanecendo na estrutura organizacional logo abaixo do chefe, Frederico Muller. Ele ainda contaria com o auxílio da esposa, Katia Mara Ferreira Dorileo.

"A posição de Dennis como gerente comercial da organização criminosa se extrai do próprop diálogo travado pelo representado com Glaison, no dia 27 de fevereiro de 2018. Na conversa, Dennis reclamou que não faz parte do financeiro, mas sim do comercial, e que os integrantes da organização tinham que parar de ligar para ele requerendo a liberação de dinheiro", diz trecho da decisão.

Veja fac-símile do organograma da FMC Ello, que consta na decisão:

FMC

Forma como o grupo FMC Ello seria estruturado

Outro alvo da operação, Glaison Roberto Almeida Cruz atuaria como gerente em Rondonópolis e Weriche Maganha dos Santos desempenharia a mesma função, mas no município de Campo Verde - este último contaria com o auxílio da esposa, Patricia Moreira Santana.

Bruno Almeida dos Reis, Alexsandro Correia e Rosalvo Ramos de Oliveira são apontados na decisão como os responsáveis pela supervisão, controlando o recolhimento do dinheiro na rua e a logística de distribuição das máquinas de aposta.

Marcelo Conceição Pereira, Haroldo Clementino Souza, João Henrique Sales de Souza, Ronaldo Guilherme Lisboa dos Santos, Adrielli Marques exerceriam a função de recolhedores.

Já Edson Nabuo Yabumoto seria gerente em Tangará da Serra; Laender dos Santos Andrade é citado como o responsável pela captação de clientes em Rondonópolis e Eduardo Coutinho Gomes daria apoio operacional e suporte à organização.

Veja o papel que seria desempenhado por cada um no grupo FMC Ello, conforme a decisão:

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