Educação parada
AL encaminha proposta ao Governo para tentar encerrar greve Segundo ofício, aumento nos salários poderá ser pago em três parcelas, terminando em fevereiro
O presidente da Assembleia Legislativa Eduardo Botelho (DEM) encaminhou nesta quarta-feira (10) ao governador Mauro Mendes (DEM) um ofício com uma proposta para reajuste dos salários dos professores a fim de encerrar a greve da categoria.
O documento, assinado por 18 deputados estaduais, sugere ao chefe do Executivo que conceda o aumento de forma escalonada.
Conforme o ofício, elaborado depois de uma reunião de deputados com integrantes do Sintep (Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público) na manhã desta quarta, o aumento de 7,69% previsto na lei da dobra de salário seria dividido em três parcelas.
A primeira seria de 2,6% a ser paga na folha salarial de agosto; a segunda (2,6%) entraria na folha de novembro e a última (2,49%) em fevereiro do ano que vem.
O documento informa que o pagamento da elevação salarial será possível em razão do incremento de receita verificado nos primeiros meses do ano e o previsto para os próximos meses.
Segundo os deputados, houve um incremento da receita estadual por meio do Fethab (Fundo Estadual de Transporte e Habitação) no primeiro quadrimestre no valor de R$ 282,2 milhões.
Ainda conforme os parlamentares, para o ano que vem existe uma expectativa de incremento na receita, a partir de janeiro, como resultado do projeto de lei de receitas oriundas de renúncia fiscal, estimadas em R$ 500 milhões.
“Considerando a inclusão da receita dos recursos do FEX (Auxílio Financeiro de Fomento às Exportações) no cálculo da receita corrente líquida”, consta no ofício.
A paralisação
Os professores estão em greve desde 27 de maio. Eles pedem que o Executivo cumpra a lei da dobra salarial, que foi aprovada em 2013, na gestão do ex-governador Silval Barbosa e que dá direito a 7,69% a mais anualmente na remuneração durante 10 anos.
Na segunda-feira (8), professores e representantes do Governo se reuniram na Justiça para tentar um acordo. Porém, não houve consenso e os professores voltam a realizar assembleia na sexta-feira (12).
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