Estado acaba com "escolas de lata" ainda em 2019
Após cobranças do primeiro-secretário da Assembleia Legislativa, o deputado Max Russi (PSB), a Secretaria de Estado de Educação (Seduc-MT) informou que está fazendo um estudo para redimensionar os alunos, que estudam em salas de container. A retirada total dos módulos metálicos está prevista ainda para esse ano.
Conforme o ofício, enviado a Casa de Leis em reposta ao requerimento nº 140/2019 do parlamentar, seriam 41 estruturas divididas entre 12 escolas do estado, localizadas nos municípios de: Campo Verde, Sapezal, Sinop, Santo Antônio do Leverger, Vila Rica, Confresa, Rosário Oeste, Barro do Bugres e Cuiabá.
Ainda de acordo com o documento, a Seduc teria realizado um levantamento prévio, quanto a utilização desses containers, em conjunto com a Coordenadoria de Microplanejamento Escolar, onde constatou que 18 deles poderiam ser retirados de imediato.
Segundo a secretaria, a empresa Ativa Locação Ltda, responsável pela locação e instalação desse módulos, teria sido notificada no último dia 12 de março, para que fossem removidas essas unidades.
Uma reportagem exibida em rede nacional no início do ano revelou que o governo do estado alugou, por meio de dispensa de licitação, 110 containers para nove escolas da rede estadual de ensino.
A matéria alegou que a ausência de manutenção básica nessas estruturas teria resultado na deterioração dessas salas de metal, bem como fios expostos, materiais inflamáveis e calor excessivo, o que também levou alunos a apelidarem de "salas de lata" e "forno gigante".
Para o deputado Max Russi, as providências precisam ser tomadas com extrema urgência. "Acompanhamos essa repercussão e os riscos oferecidos a esses alunos são de grande preocupação para todos nós. Existem relatos de que alguns chegaram a abandonar os estudos. Isso não pode acontecer, pois educação é um direito de todos e dever do estado. Estaremos acompanhando todo esse encaminhamento", assegurou.
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