A Polícia Civil apura a morte de um vaqueiro e o desaparecimento de três pessoas, sendo o um fazendeiro, o filho dele e um funcionário da propriedade que fica na zona rural da cidade de Novo Mundo, distante 791 km de Cuiabá. O caso intrigou os policiais, pois não há indícios suficientes para saber se trata-se de um crime de execução ou sequestro.
O crime ocorreu na noite da última sexta-feira (17), quando a esposa do vaqueiro acionou a polícia por estranhar o fato de ele demorar para chegar em casa. Os policiais se deslocaram para a fazenda, onde encontraram o corpo da vítima. Na volta, os PMs foram informados de que a caminhonete do dono da fazenda havia sido encontrada incendiada em uma estrada vicinal próximo da MT-419, que liga Novo Mundo ao município de Carlinda.
Ainda conforme informações repassadas pela polícia de Guarantã do Norte, que responde pela cidade de Novo Mundo, como há várias hipóteses para o crime, além das buscas feitas pela região, os agentes aguardam que supostos sequestradores entrem em contato para solicitar resgate ou algo do tipo.
Para auxiliar nas buscas, um grupo da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) e uma aeronave do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) estão na cidade.
O caso
A mulher do vaqueiro acionou a polícia por conta da demora do marido retornar para casa. De acordo com informações do boletim de ocorrência, policiais militares fizeram buscas na fazenda Lima que é especializada no confinamento de gado quando acabaram encontrando o homem já morto no chão. As informações dão conta que a vítima foi atingida por quatro disparos de arma de fogo. Dois deles na cabeça e mais dois na região do pescoço.
Os policiais ainda se deslocaram até a sede da propriedade e encontraram o cadeado que dá acesso ao local trancado. A suspeita da polícia é que as outras três vítimas desaparecidas possam ter sido levadas para uma região de mata fechada, pois a caminhonete do proprietário foi abandonada e incendiada a 30 quilômetros da fazenda.
Ao G1, o investigador da Polícia Civil, Marcelo Prestes dos Santos, informou que o caso é complexo porque não há comunicados de ameaças feitos pelas vítimas à polícia. “Os suspeitos não levaram nada da fazenda além da caminhonete do proprietário. Não existe nenhuma propriedade próxima, nenhuma casa, ninguém que teria visto alguma movimentação suspeita. As vítimas não tinham rixas. Eram pessoas idôneas. Até onde a gente sabe”, assegurou o investigador.
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